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A nova legisla\u00e7\u00e3o integra o tratamento e acolhimento de fam\u00edlias que enfrentam a perda de um filho durante ou ap\u00f3s a gesta\u00e7\u00e3o ao Sistema \u00danico de Sa\u00fade (SUS). De acordo com o Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, o ministro Alexandre Padilha, que foi um dos autores do Projeto de Lei 1.640\/2022, destacou a import\u00e2ncia da medida. \u201cEm 2019, constru\u00edmos um projeto de lei que foi fruto do di\u00e1logo com v\u00e1rias mulheres. Estou muito emocionado porque essa pol\u00edtica define o que as maternidades precisam ter para cuidar daquelas m\u00e3es e pais que perdem os filhos antes ou ap\u00f3s o parto\u201d, afirmou. Atualmente, apenas tr\u00eas hospitais no Brasil oferecem esse tipo de atendimento: Hospital Materno Infantil de Bras\u00edlia (HMIB), Hospital Materno de Ribeir\u00e3o Preto (SP) e a Maternidade de Alta Complexidade do Maranh\u00e3o (PI). A nova lei tamb\u00e9m altera a Lei n\u00ba 6.015\/1973, permitindo que natimortos sejam registrados oficialmente com os nomes planejados pelos pais. O que muda com a aprova\u00e7\u00e3o da lei O texto do PL 1.640\/2022 prev\u00ea apoio psicol\u00f3gico especializado, exames para investigar a causa do \u00f3bito, acompanhamento de gesta\u00e7\u00f5es futuras e espa\u00e7os reservados para as pessoas enlutadas. Al\u00e9m disso, ser\u00e3o criados protocolos cl\u00ednicos e as equipes ser\u00e3o treinadas para um acolhimento adequado. Entre 2020 e 2023, o Brasil registrou 172.257 \u00f3bitos fetais, sendo a regi\u00e3o Sudeste a que mais notificou casos. Em 2024, dados preliminares do Sistema de Informa\u00e7\u00f5es sobre Mortalidade (SIM) indicam 22.919 \u00f3bitos fetais e 19.997 \u00f3bitos neonatais. O Minist\u00e9rio da Sa\u00fade est\u00e1 articulando com institui\u00e7\u00f5es parceiras e universidades p\u00fablicas para desenvolver diretrizes participativas para a \u00e1rea. O ambulat\u00f3rio de luto parental do HMIB, em funcionamento desde 2013, visa acolher, avaliar e dar e terap\u00eautico \u00e0s fam\u00edlias que perderam seus filhos. Com uma m\u00e9dia de 50 atendimentos mensais, o servi\u00e7o \u00e9 integrado \u00e0 equipe de Cuidados Paliativos Perinatais e Pedi\u00e1tricos e recebe encaminhamentos das Unidades B\u00e1sicas de Sa\u00fade (UBS). A m\u00e9dica psiquiatra Maria Marta Freire, respons\u00e1vel pelo ambulat\u00f3rio, destaca a import\u00e2ncia do acolhimento adequado para evitar o desenvolvimento de transtornos mentais graves. Ela afirma que o momento da despedida \u00e9 crucial no processo de luto e que nem sempre h\u00e1 um espa\u00e7o adequado para isso. Elem Andrade, conselheira tutelar atendida pelo ambulat\u00f3rio h\u00e1 dois anos, relata que se sentiu amparada e fortalecida pelo grupo. \u201cSou muito grata \u00e0 toda a equipe pela melhora que tive, porque naquele primeiro momento voc\u00ea est\u00e1 no fundo de um po\u00e7o. Ent\u00e3o, com a fala, aconselhamento e apoio deles, voc\u00ea come\u00e7a a enxergar o mundo de uma outra forma\u201d, afirmou. Julenir dos Santos, frequentadora do ambulat\u00f3rio, destacou a import\u00e2ncia da altera\u00e7\u00e3o na lei de Registros P\u00fablicos. Ap\u00f3s a quarta perda de um filho, ela sentiu sua dor acolhida pela possibilidade de registrar o nome planejado para o filho. \u201cAgora, com essa mudan\u00e7a, outras m\u00e3es poder\u00e3o dar nome \u00e0 hist\u00f3ria delas\u201d, concluiu.","keywords":"SUS, ","datePublished":"2025-05-26T09:47:58-03:00","dateModified":"2025-05-26T09:47:58-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Ag\u00eancia Sert\u00e3o","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/author\/redacao\/","sameAs":["http:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com"],"image":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/12f450d21e8bae9786bb2786e2aabe4d46dfb6d7f4d78207e2964e2d82d37ccc?s=96&d=mm&r=g","height":96,"width":96}},"editor":{"@type":"Person","name":"Ag\u00eancia Sert\u00e3o","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/author\/redacao\/","sameAs":["http:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com"],"image":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/12f450d21e8bae9786bb2786e2aabe4d46dfb6d7f4d78207e2964e2d82d37ccc?s=96&d=mm&r=g","height":96,"width":96}},"publisher":{"@type":"Organization","name":"Ag\u00eancia Sert\u00e3o","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com","logo":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2020\/12\/Logo-Agencia-Sertao-160x60-1.png","width":"160","height":"50"}},"image":[{"@type":"ImageObject","@id":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2025\/05\/26\/luto-materno\/#primaryimage","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2025\/05\/3389-Lei-sancionada-garante-tratamento-para-luto-parental-no-SUS.webp","width":"1280","height":"720","caption":"Lei sancionada garante tratamento para luto parental no SUS"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2025\/05\/3389-Lei-sancionada-garante-tratamento-para-luto-parental-no-SUS-1200x900.webp","width":"1200","height":"900","caption":"Lei sancionada garante tratamento para luto parental no SUS"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2025\/05\/3389-Lei-sancionada-garante-tratamento-para-luto-parental-no-SUS-1200x675.webp","width":"1200","height":"675","caption":"Lei sancionada garante tratamento para luto parental no SUS"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2025\/05\/3389-Lei-sancionada-garante-tratamento-para-luto-parental-no-SUS-720x720.webp","width":"720","height":"720","caption":"Lei sancionada garante tratamento para luto parental no SUS"}]},
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O ambulat\u00f3rio de luto parental do HMIB, em funcionamento desde 2013, visa acolher, avaliar e dar e terap\u00eautico \u00e0s fam\u00edlias que perderam seus filhos. Com uma m\u00e9dia de 50 atendimentos mensais, o servi\u00e7o \u00e9 integrado \u00e0 equipe de Cuidados Paliativos Perinatais e Pedi\u00e1tricos e recebe encaminhamentos das Unidades B\u00e1sicas de Sa\u00fade (UBS). A m\u00e9dica psiquiatra Maria Marta Freire, respons\u00e1vel pelo ambulat\u00f3rio, destaca a import\u00e2ncia do acolhimento adequado para evitar o desenvolvimento de transtornos mentais graves. Ela afirma que o momento da despedida \u00e9 crucial no processo de luto e que nem sempre h\u00e1 um espa\u00e7o adequado para isso. 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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei que institui a Política Nacional de Humanização do Luto Materno e Parental, conforme publicação no Diário Oficial da União nesta segunda-feira, 26 de maio. A nova legislação integra o tratamento e acolhimento de famílias que enfrentam a perda de um filho durante ou após a gestação ao Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com o Ministério da Saúde, o ministro Alexandre Padilha, que foi um dos autores do Projeto de Lei 1.640/2022, destacou a importância da medida. “Em 2019, construímos um projeto de lei que foi fruto do diálogo com várias mulheres. Estou muito emocionado porque essa política define o que as maternidades precisam ter para cuidar daquelas mães e pais que perdem os filhos antes ou após o parto”, afirmou.
Atualmente, apenas três hospitais no Brasil oferecem esse tipo de atendimento: Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), Hospital Materno de Ribeirão Preto (SP) e a Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão (PI). A nova lei também altera a Lei nº 6.015/1973, permitindo que natimortos sejam registrados oficialmente com os nomes planejados pelos pais.
O que muda com a aprovação da lei
O texto do PL 1.640/2022 prevê apoio psicológico especializado, exames para investigar a causa do óbito, acompanhamento de gestações futuras e espaços reservados para as pessoas enlutadas. Além disso, serão criados protocolos clínicos e as equipes serão treinadas para um acolhimento adequado.
Entre 2020 e 2023, o Brasil registrou 172.257 óbitos fetais, sendo a região Sudeste a que mais notificou casos. Em 2024, dados preliminares do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) indicam 22.919 óbitos fetais e 19.997 óbitos neonatais. O Ministério da Saúde está articulando com instituições parceiras e universidades públicas para desenvolver diretrizes participativas para a área.
O ambulatório de luto parental do HMIB, em funcionamento desde 2013, visa acolher, avaliar e dar e terapêutico às famílias que perderam seus filhos. Com uma média de 50 atendimentos mensais, o serviço é integrado à equipe de Cuidados Paliativos Perinatais e Pediátricos e recebe encaminhamentos das Unidades Básicas de Saúde (UBS).
A médica psiquiatra Maria Marta Freire, responsável pelo ambulatório, destaca a importância do acolhimento adequado para evitar o desenvolvimento de transtornos mentais graves. Ela afirma que o momento da despedida é crucial no processo de luto e que nem sempre há um espaço adequado para isso.
Elem Andrade, conselheira tutelar atendida pelo ambulatório há dois anos, relata que se sentiu amparada e fortalecida pelo grupo. “Sou muito grata à toda a equipe pela melhora que tive, porque naquele primeiro momento você está no fundo de um poço. Então, com a fala, aconselhamento e apoio deles, você começa a enxergar o mundo de uma outra forma”, afirmou.
Julenir dos Santos, frequentadora do ambulatório, destacou a importância da alteração na lei de Registros Públicos. Após a quarta perda de um filho, ela sentiu sua dor acolhida pela possibilidade de registrar o nome planejado para o filho. “Agora, com essa mudança, outras mães poderão dar nome à história delas”, concluiu.