O mundo católico celebra a escolha de um novo líder espiritual: o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, de 69 anos, foi eleito nesta quinta-feira (8), por volta das 13h08 (horário de Brasília), como o novo papa após quatro escrutínios no conclave realizado no Vaticano.
Em sua primeira aparição na sacada da Basílica de São Pedro, foi apresentado ao mundo como Papa Leão XIV, o primeiro pontífice nascido nos Estados Unidos e com nacionalidade peruana.
A tradicional proclamação “Habemus Papam” foi feita em latim pelo cardeal Dominique Mamberti, mantendo viva a solenidade e o simbolismo da Igreja Católica em momentos de transição histórica.
Prevost é uma figura marcante no cenário eclesiástico por sua sólida experiência internacional, proximidade com o papa Francisco e forte ligação com a América Latina. Conhecido como o “pastor de duas pátrias”, atuou como missionário no Peru nos anos 1980, tornando-se fluente em espanhol e profundamente envolvido com as realidades sociais e espirituais da região.
Foi arcebispo emérito de Chiclayo e, mais recentemente, liderava o Dicastério para os Bispos, um dos cargos mais estratégicos do Vaticano.
Sua vivência entre Estados Unidos, América Latina e Europa moldou uma visão pastoral alinhada ao legado de Francisco, com ênfase na humildade, na escuta e na presença junto ao povo. “O bispo é chamado para estar perto das pessoas, caminhar com elas, sofrer com elas e viver com autenticidade o Evangelho”, afirmou em entrevista recente ao Vatican News.
Em declarações anteriores, Prevost já indicava sua preocupação com os rumos da Igreja diante de um mundo em transformação: “Não podemos retroceder. Temos que discernir como o Espírito Santo quer que a Igreja seja hoje e amanhã. A mensagem permanece a mesma: proclamar Jesus Cristo, mas a forma de alcançarmos as pessoas precisa acompanhar os tempos”.
A eleição de Leão XIV representa não apenas uma continuidade dos valores de Francisco, mas também a renovação do compromisso da Igreja com os povos das Américas e com uma presença global mais sensível às periferias sociais e espirituais.