O salário mínimo no Brasil deverá ser reajustado para R$ 1.630 em 2026, representando um aumento nominal de 7,37%. Esta informação está presente no Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026, que foi enviado ao Congresso Nacional nesta terça-feira, 15 de abril.

Atualmente, o salário mínimo é de R$ 1.518. O reajuste proposto segue a previsão de 4,76% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para os 12 meses encerrados em novembro, além de um teto de crescimento de gastos de 2,5% acima da inflação, conforme estipulado pelo arcabouço fiscal. A estimativa para o INPC também está incluída no PLDO.

De acordo com a Agência Brasil, o projeto também apresenta previsões de R$ 1.724 para o salário mínimo em 2027, R$ 1.823 para 2028 e R$ 1.925 para 2029. Essas projeções são preliminares e deverão ser revisadas nos PLDOs dos próximos anos.

Impacto no Orçamento

Em 2023, o salário mínimo voltou a ser corrigido pelo INPC do ano anterior, mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes, fórmula que vigorou de 2006 a 2019. Por essa regra, o salário mínimo aumentaria 3,4% acima do INPC. No entanto, o pacote de corte de gastos do ano ado limitou esse crescimento, pois o salário mínimo foi incluído nos limites do arcabouço fiscal, que prevê um crescimento real dos gastos entre 0,6% e 2,5%.

Segundo o Ministério do Planejamento e Orçamento, cada aumento de R$ 1 no salário mínimo impacta o Orçamento em aproximadamente R$ 400 milhões. Isso ocorre porque benefícios como os da Previdência Social, o abono salarial, o seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) são atrelados à variação do mínimo. Na Previdência Social, a previsão é de um aumento de R$ 115,3 bilhões nas despesas e ganhos de R$ 71,2 bilhões na arrecadação.