O interior da Bahia deve começar o mês de abril da mesma forma que terminou março, com tempo predominantemente seco e quente em diversas regiões. Com o fim do período chuvoso se aproximando em grande parte do estado, as previsões meteorológicas sugerem a possibilidade de uma estiagem severa até o próximo ciclo de chuvas.
Uma análise feita pela Agência Sertão, baseada em diversas fontes meteorológicas, aponta pouca probabilidade de chuva significativa nos primeiros dez dias do mês. Além disso, as temperaturas devem continuar elevadas, com máximas acima de 35ºC em várias localidades.
Durante a próxima semana, há previsão de chuvas apenas na faixa litorânea. Em Salvador e outras cidades costeiras, o tempo será de sol entre nuvens, intercalado por chuvas rápidas e isoladas. Os acumulados esperados até o fim da semana ficam abaixo dos 30 milímetros (mm), podendo aumentar a partir da segunda semana do mês.
Também há possibilidade de chuvas isoladas na região do Extremo-Oeste. No restante da Bahia, o tempo seco deve persistir até pelo menos o dia 10, quando há uma previsão inicial de retorno das chuvas no interior.
Previsões de médio e longo prazo apontam para baixos volumes acumulados até o fim de abril na maior parte do interior do estado. Nas regiões de Guanambi e Vitória da Conquista, assim como no Norte de Minas Gerais, os acumulados previstos para o mês estão entre 40 e 70 mm, volumes considerados insuficientes para recuperar adequadamente a umidade do solo e principalmente abastecer os reservatórios.
Em Guanambi, localizada no Centro-Sul baiano, foram registrados apenas 135 mm de chuva no centro da cidade, conforme dados do pluviômetro da Agência Sertão. Este acumulado é o menor para o primeiro trimestre em oito anos de medições. A média histórica para o mesmo período é de 385 mm. Na estação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), situada no Aeroporto Isaac Moura Rocha, o total acumulado de chuva em 2025 até o momento é de apenas 111 mm.
Chuvas abaixo da média também foram observadas em fevereiro e março nas regiões de Barreiras e Vitória da Conquista. Embora tenham ocorrido precipitações significativas em janeiro, estas áreas enfrentam atualmente condições de umidade do solo comprometida pela escassez de chuvas recentes.
Na faixa norte da Região Nordeste, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) deve continuar proporcionando chuvas volumosas.