Na manhã desta quinta-feira, 20 de março, a Vigilância Sanitária de Vitória da Conquista, com apoio da Polícia Federal e do Conselho Regional de Farmácia (CRF), realizou uma operação para fiscalizar a venda irregular de medicamentos em uma clínica particular da cidade. A ação foi desencadeada após uma denúncia recebida pela Delegacia da Polícia Federal, que apontava a comercialização de substâncias de uso .

Durante a fiscalização, as equipes encontraram uma grande quantidade de medicamentos para emagrecimento, incluindo os conhecidos Mounjaro e Ozempic. De acordo com a Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, a venda de medicamentos deve ser feita exclusivamente por farmácias, drogarias, postos de medicamentos, unidades volantes e dispensários autorizados, o que não era o caso da clínica investigada.

O delegado da Polícia Federal, Rodrigo Kolbe, explicou que a operação foi motivada pela denúncia de que a clínica estaria comercializando um medicamento contendo substância proibida. “Apuramos a veracidade da denúncia e acionamos o Conselho Regional de Farmácia e a Vigilância Sanitária para proceder com a fiscalização. O flagrante foi constatado e medidas serão tomadas em relação ao responsável pelo estabelecimento”, afirmou Kolbe.

O coordenador da Vigilância Sanitária, Maicon Mares, destacou que a ação foi imediata após a notificação da Polícia Federal. “Recebemos a informação e agimos rapidamente para garantir a segurança da população. Foram apreendidos medicamentos cuja venda é proibida no Brasil, além de outros comercializados de forma irregular, incluindo produtos manipulados”, explicou Mares. Ele também ressaltou que, neste primeiro momento, a clínica não foi interditada, mas os medicamentos foram confiscados para análise.

A fiscal do CRF, Mozália Monteiro, reforçou que a clínica também vendia medicamentos manipulados de forma irregular. “Encontramos produtos da Portaria 344, que controla substâncias sujeitas a fiscalização especial da Anvisa. Além disso, detectamos medicamentos manipulados em escala industrial, provenientes de farmácias de manipulação de São Paulo, todos prescritos para uma única pessoa, o que é uma prática irregular”, explicou.

Diante das irregularidades, as autoridades continuarão as investigações para responsabilizar os envolvidos e evitar a comercialização indevida de medicamentos na cidade. O protocolo de cooperação entre a Polícia Federal, a Vigilância Sanitária e o CRF será fortalecido para coibir práticas semelhantes no futuro.