Cinco Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs), autarquias vinculadas ao Ministério da Educação (MEC), receberam nesta quinta-feira, 5 de dezembro, imóveis para a implantação de novas unidades previstas no plano de expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, financiado com recursos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).
Segundo informou o site Gov.br, os imóveis foram concedidos pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU), do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
As propriedades abrigarão os Campi São Vicente, do Instituto Federal de São Paulo (IFSP); Mafra, do Instituto Federal Catarinense (IFC); Araripina, do Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE); Itajubá, do Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS); e Tijucas, do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).
Os terrenos cedidos aqui hoje fazem parte de uma grande estratégia para concretizar a ampliação e aumentar a oferta para os jovens.” Camilo Santana, ministro da Educação
O ministro da Educação, Camilo Santana, explicou que a ampliação vai ao encontro de um pedido da população.
“Em consulta pública realizada em 2023, 80% dos jovens responderam que gostariam de estudar no ensino médio técnico-profissionalizante. Atualmente, apenas 11% dos estudantes brasileiros se encontram nessa modalidade de ensino, enquanto, nos outros países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, esse número chega a 37%. Os terrenos cedidos aqui hoje fazem parte de uma grande estratégia para concretizar a ampliação e aumentar a oferta para os jovens”, completou.
“A parceria entre o MGI e o MEC e a expansão dos institutos federais representam a esperança e a efetivação de mais oportunidades para os jovens brasileiros”, disse o secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Marcelo Bregagnoli. “Serão R$ 2,5 bilhões para a criação de 140 mil vagas em todo o Brasil, que vão gerar novos empregos, melhoria de qualidade de vida e mais igualdade educacional no país.”
De acordo com a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, “as instituições federais de ensino prestam um papel muito importante para a nossa população, porque formam quem vai estar no mercado de trabalho no futuro e fazem uma diferença real na vida de quem mais precisa. Este governo tem um foco grande no ensino científico e tecnológico, pelo potencial que essa modalidade de ensino tem de transformar o futuro das pessoas e, consequentemente, o do país”.
Participantes – Também estiveram presentes no evento a secretária-adjunta de Gestão do Patrimônio da União, Carolina Stuchi, além dos reitores do IFSULDEMINAS, Cleber Barbosa; do IFSC, Maurício Gariba Júnior; do IFC, Rudinei Exterckoter; do IF SertãoPE, Jean Carlos de Alencar; e do IFSP, Silmário dos Santos.
Expansão – O governo federal, por meio do Novo PAC, anunciou, em março deste ano, a implantação de 100 novos campi de institutos federais em todo o Brasil, com investimento de R$ 2,5 bilhões. Há R$ 25 milhões para cada unidade, sendo R$ 15 milhões para infraestrutura e R$ 10 milhões para compra de equipamentos e mobiliário. Atualmente, existem 685 unidades da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, a qual os IFs integram.
Os novos campi dos institutos federais atenderão a regiões que ainda não possuem unidades ou que registram número baixo de matrículas em cursos técnicos de nível médio em relação à população da região. A expansão é uma das ações que visam ao cumprimento do Plano Nacional de Educação (PNE). Este prevê triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, com pelo menos 50% da expansão no segmento público.
As 100 novas unidades já estão sendo implementadas, com previsão de que, até 2026, os campi autorizados já estejam em funcionamento. A iniciativa vai gerar 140 mil novas matrículas, majoritariamente de cursos técnicos integrados ao nível médio.