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Segundo a Sema, as atividades fazem parte da elabora\u00e7\u00e3o de um plano de a\u00e7\u00e3o, do Governo do Estado, nas \u00e1reas de infraestrutura h\u00eddrica, conserva\u00e7\u00e3o e restaura\u00e7\u00e3o do bioma Caatinga, agricultura, seguran\u00e7a alimentar e o \u00e0 \u00e1gua, entre outras interven\u00e7\u00f5es para atender fam\u00edlias afetadas por esse processo clim\u00e1tico. Em Chorroch\u00f3, a equipe come\u00e7ou o dia participando de uma reuni\u00e3o promovida pela ONG Assessoria e Gest\u00e3o em Estudos da Natureza, Desenvolvimento Humano e Agroecologia (Agendha), reunindo representantes da gest\u00e3o municipal, organiza\u00e7\u00f5es sociais e moradores, logo ap\u00f3s visitas t\u00e9cnicas \u00e0s \u00e1reas identificadas como \u00e1ridas nos munic\u00edpios do Territ\u00f3rio de Identidade Itaparica. O especialista em meio ambiente da Sema, Magno Monteiro, explica que o foco \u00e9 a elabora\u00e7\u00e3o de um Plano de A\u00e7\u00e3o para enfrentar os impactos da aridez na regi\u00e3o. \u201cS\u00e3o as comunidades locais, aqueles que vivem e t\u00eam sua renda vinculada a esse clima semi\u00e1rido e avan\u00e7ando para o \u00e1rido, como indicado em estudos recentes, que det\u00eam conhecimento sobre os desafios enfrentados e quais caminhos adotaram at\u00e9 aqui. Verificaremos tamb\u00e9m solu\u00e7\u00f5es imediatas, que s\u00e3o aquelas que j\u00e1 existem e por quest\u00f5es operacionais ou de gest\u00e3o n\u00e3o est\u00e3o em pleno uso, a exemplo de cisternas, barramentos, adutoras e a experi\u00eancia da atividade de cria\u00e7\u00e3o de caprinos e ovinos das comunidades tradicionais\u201d, destacou. De acordo com consultor da Casa Civil, Jeferson Viana, a miss\u00e3o tamb\u00e9m busca identificar pr\u00e1ticas bem-sucedidas de conviv\u00eancia e os principais gargalos que implicam em pol\u00edticas que n\u00e3o alcancem determinadas localidades. \u201cAtua com a responsabilidade de an\u00e1lise e acompanhamento das pol\u00edticas p\u00fablicas de inclus\u00e3o socioprodutiva e sustentabilidade, sendo essencial registrar as potencialidades e os desafios sociais e ambientais do territ\u00f3rio. Tamb\u00e9m estamos fortalecendo articula\u00e7\u00f5es institucionais com prefeituras, organiza\u00e7\u00f5es de assist\u00eancia e a popula\u00e7\u00e3o, para al\u00e9m do o \u00e0 \u00e1gua, incluindo na pauta a preserva\u00e7\u00e3o ambiental e a impuls\u00e3o das cadeias produtivas locais\u201d. Ainda conforme informa\u00e7\u00f5es da Sema, os moradores da regi\u00e3o tamb\u00e9m expressaram suas expectativas com a iniciativa. O agricultor familiar, Jos\u00e9 Nascimento, 60 anos, morador de Lagoa de Pedra, em Chorroch\u00f3, apresentou sua produ\u00e7\u00e3o de hortali\u00e7as, cultivada com o apoio de uma cisterna do \u00c1gua Para Todos e de um barreiro convencional. \u201cRecebi assist\u00eancia t\u00e9cnica da Arcas quando fiz um pequeno viveiro com estufa, onde produzo coentro, salsinha, abobrinha e cebola para consumo e venda na feira da cidade. Meu pai construiu esse barreiro, eu ampliei, criei nove filhos com essa escassez de \u00e1gua e tamb\u00e9m com muito sacrif\u00edcio, preciso do apoio para pagar a limpeza da aguada e melhorar o viveiro\u201d, relatou. J\u00e1 Maria Silva, 62, do povoado Barra da Areia, falou sobre as dificuldades e preocupa\u00e7\u00e3o com o futuro da sua fam\u00edlia e vizinhos. \u201cCom o Riacho da Vargem seco, pegamos \u00e1gua salobra em cacimbas para dar aos animais e uso na casa, mas tem ano que seca tudo. Para beber uso da cisterna abastecida por carro-pipa. A gente vem enfrentando muitas dificuldades com a falta de chuva e o calor mais forte. O que queremos \u00e9 apoio para continuar produzindo sem precisar deixar a terra onde nascemos\u201d. Iniciativas das comunidades Entre as pr\u00e1ticas vivenciadas nas visitas, destacam-se a utiliza\u00e7\u00e3o da cisterna cal\u00e7ad\u00e3o e de enxurrada, assim como barreiros ou aguadas como reserva de emerg\u00eancia. Associado \u00e0s cisternas de produ\u00e7\u00e3o, a implanta\u00e7\u00e3o de canteiros (com pr\u00e1tica de cobertura do solo) e de estufas teladas (sombrites) potencializam a capacidade produtiva das culturas, propiciando tamb\u00e9m um ambiente mais digno ao trabalhador, evitando o trabalho a pleno sol. Importante tecnologia, que tem dado resultado \u00e9 a barragem subterr\u00e2nea, que promove a conten\u00e7\u00e3o do fluxo da \u00e1gua do len\u00e7ol fre\u00e1tico raso, que se acumula a montante da barragem, mantendo a umidade do solo em profundidade apropriada para capta\u00e7\u00e3o pelo sistema de cultivos anuais de feij\u00e3o, milho e outras culturas. Outro ponto constatado foi a forma racionalizada e produtiva de gerir o uso da \u00e1gua, fruto do conhecimento tradicional potencializado pelas t\u00e9cnicas adquiridas atrav\u00e9s dos servi\u00e7os de assist\u00eancia t\u00e9cnica e extens\u00e3o rural (Ater). Um exemplo s\u00e3o as cisternas entregues pelo Governo do Estado, por meio de contrato com a ONG Agendha que, ao mesmo tempo, oferece capacita\u00e7\u00e3o para pedreiros das pr\u00f3prias comunidades beneficiadas, que am a ser contratados para atuarem na constru\u00e7\u00e3o destes equipamentos. Os trabalhos contam com especialistas da Sema, da Casa Civil, Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), por meio da Companhia de A\u00e7\u00e3o e Desenvolvimento Regional (CAR), al\u00e9m do apoio da ONG Agendha e da Associa\u00e7\u00e3o Regional de Conviv\u00eancia Apropriada ao Semi\u00e1rido (ARCAS). Coordenador t\u00e9cnico da ONG Agendha, Maur\u00edcio Aroucha, ressaltou: \u201cesse trabalho conjunto \u00e9 essencial para transformar a realidade local. A troca de experi\u00eancias e o mapeamento das tecnologias sociais s\u00e3o caminhos para fortalecer a resili\u00eancia das comunidades frente aos desafios clim\u00e1ticos\u201d. Na oportunidade, o coordenador apresentou a chamada p\u00fablica Ater Bahia Sem Fome, uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Superintend\u00eancia Baiana de Assist\u00eancia T\u00e9cnica e Extens\u00e3o Rural (Bahiater), tem como objetivo garantir a seguran\u00e7a alimentar, nutricional e h\u00eddrica de cerca de 20 mil fam\u00edlias em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade, especialmente aquelas que vivem no campo, com dura\u00e7\u00e3o de aproximadamente quatro anos. Clima \u00e1rido \u2013 Estudo divulgado no fim de 2023 pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), identificou caracter\u00edsticas de clima \u00e1rido no norte da Bahia. A primeira vez que essa condi\u00e7\u00e3o foi registrada no Brasil, onde verificou-se em uma s\u00e9rie hist\u00f3rica de 30 anos a redu\u00e7\u00e3o de nuvens, diminui\u00e7\u00e3o das chuvas e aumento da incid\u00eancia de radia\u00e7\u00e3o solar de ondas longas sobre a terra.","keywords":"Abar\u00e9, Chorroch\u00f3, Cura\u00e7\u00e1, Macurur\u00e9, Rodelas, ","datePublished":"2024-12-03T11:40:14-03:00","dateModified":"2024-12-03T11:44:58-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Tauan Montalv\u00e3o","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/author\/tauan\/","sameAs":[],"image":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/2f3542e203c54f8c30a52281403b3da4b4300c7f93d3c1cc4fe70b4b0f030077?s=96&d=mm&r=g","height":96,"width":96}},"editor":{"@type":"Person","name":"Tauan Montalv\u00e3o","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/author\/tauan\/","sameAs":[],"image":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/2f3542e203c54f8c30a52281403b3da4b4300c7f93d3c1cc4fe70b4b0f030077?s=96&d=mm&r=g","height":96,"width":96}},"publisher":{"@type":"Organization","name":"Ag\u00eancia Sert\u00e3o","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com","logo":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2020\/12\/Logo-Agencia-Sertao-160x60-1.png","width":"160","height":"50"}},"image":[{"@type":"ImageObject","@id":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2024\/12\/03\/tecnologias-sociais-para-enfrentamento-da-seca-serao-mapeadas-no-norte-da-bahia\/#primaryimage","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2024\/12\/6635-mapeamento.webp","width":"1280","height":"720","caption":"Tecnologias sociais para enfrentamento da seca ser\u00e3o mapeadas no Norte da Bahia"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2024\/12\/6635-mapeamento-1200x900.webp","width":"1200","height":"900","caption":"Tecnologias sociais para enfrentamento da seca ser\u00e3o mapeadas no Norte da Bahia"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2024\/12\/6635-mapeamento-1200x675.webp","width":"1200","height":"675","caption":"Tecnologias sociais para enfrentamento da seca ser\u00e3o mapeadas no Norte da Bahia"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2024\/12\/6635-mapeamento-720x720.webp","width":"720","height":"720","caption":"Tecnologias sociais para enfrentamento da seca ser\u00e3o mapeadas no Norte da Bahia"}]},
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A gente vem enfrentando muitas dificuldades com a falta de chuva e o calor mais forte. O que queremos \u00e9 apoio para continuar produzindo sem precisar deixar a terra onde nascemos\u201d. Iniciativas das comunidades Entre as pr\u00e1ticas vivenciadas nas visitas, destacam-se a utiliza\u00e7\u00e3o da cisterna cal\u00e7ad\u00e3o e de enxurrada, assim como barreiros ou aguadas como reserva de emerg\u00eancia. Associado \u00e0s cisternas de produ\u00e7\u00e3o, a implanta\u00e7\u00e3o de canteiros (com pr\u00e1tica de cobertura do solo) e de estufas teladas (sombrites) potencializam a capacidade produtiva das culturas, propiciando tamb\u00e9m um ambiente mais digno ao trabalhador, evitando o trabalho a pleno sol. 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A primeira vez que essa condi\u00e7\u00e3o foi registrada no Brasil, onde verificou-se em uma s\u00e9rie hist\u00f3rica de 30 anos a redu\u00e7\u00e3o de nuvens, diminui\u00e7\u00e3o das chuvas e aumento da incid\u00eancia de radia\u00e7\u00e3o solar de ondas longas sobre a terra.","keywords":["Abar\u00e9"," Chorroch\u00f3"," Cura\u00e7\u00e1"," Macurur\u00e9"," Rodelas"," "],"name":"Tecnologias sociais para enfrentamento da seca ser\u00e3o mapeadas no Norte da Bahia","thumbnailUrl":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2024\/12\/6635-mapeamento-150x150.webp","wordCount":"953","timeRequired":"PT4M14S","mainEntity":{"@type":"WebPage","@id":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2024\/12\/03\/tecnologias-sociais-para-enfrentamento-da-seca-serao-mapeadas-no-norte-da-bahia\/"},"author":{"@type":"Person","name":"Tauan Montalv\u00e3o","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/author\/tauan\/","sameAs":[],"image":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/2f3542e203c54f8c30a52281403b3da4b4300c7f93d3c1cc4fe70b4b0f030077?s=96&d=mm&r=g","height":96,"width":96}},"editor":{"@type":"Person","name":"Tauan Montalv\u00e3o","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/author\/tauan\/","sameAs":[],"image":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/2f3542e203c54f8c30a52281403b3da4b4300c7f93d3c1cc4fe70b4b0f030077?s=96&d=mm&r=g","height":96,"width":96}},"publisher":{"@type":"Organization","name":"Ag\u00eancia Sert\u00e3o","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com","logo":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2020\/12\/Logo-Agencia-Sertao-160x60-1.png","width":"160","height":"50"}},"speakable":{"@type":"SpeakableSpecification","xpath":["\/html\/head\/title","\/html\/head\/meta[@name='description']\/@content"]},"image":[{"@type":"ImageObject","@id":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2024\/12\/03\/tecnologias-sociais-para-enfrentamento-da-seca-serao-mapeadas-no-norte-da-bahia\/#primaryimage","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2024\/12\/6635-mapeamento.webp","width":"1280","height":"720","caption":"Tecnologias sociais para enfrentamento da seca ser\u00e3o mapeadas no Norte da Bahia"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2024\/12\/6635-mapeamento-1200x900.webp","width":"1200","height":"900","caption":"Tecnologias sociais para enfrentamento da seca ser\u00e3o mapeadas no Norte da Bahia"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2024\/12\/6635-mapeamento-1200x675.webp","width":"1200","height":"675","caption":"Tecnologias sociais para enfrentamento da seca ser\u00e3o mapeadas no Norte da Bahia"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2024\/12\/6635-mapeamento-720x720.webp","width":"720","height":"720","caption":"Tecnologias sociais para enfrentamento da seca ser\u00e3o mapeadas no Norte da Bahia"}]}]
Com o objetivo de mapear tecnologias e iniciativas socioambientais de resiliência e enfrentamento aos processos de desertificação e aridez que afetam a região Norte da Bahia, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) deu início, nesta segunda-feira, 2 de dezembro, a uma série de encontros e visitas às comunidades rurais dos municípios de Chorrochó, Macururé, Abaré, Rodelas e Curaça.
Segundo a Sema, as atividades fazem parte da elaboração de um plano de ação, do Governo do Estado, nas áreas de infraestrutura hídrica, conservação e restauração do bioma Caatinga, agricultura, segurança alimentar e o à água, entre outras intervenções para atender famílias afetadas por esse processo climático.
Em Chorrochó, a equipe começou o dia participando de uma reunião promovida pela ONG Assessoria e Gestão em Estudos da Natureza, Desenvolvimento Humano e Agroecologia (Agendha), reunindo representantes da gestão municipal, organizações sociais e moradores, logo após visitas técnicas às áreas identificadas como áridas nos municípios do Território de Identidade Itaparica. O especialista em meio ambiente da Sema, Magno Monteiro, explica que o foco é a elaboração de um Plano de Ação para enfrentar os impactos da aridez na região.
“São as comunidades locais, aqueles que vivem e têm sua renda vinculada a esse clima semiárido e avançando para o árido, como indicado em estudos recentes, que detêm conhecimento sobre os desafios enfrentados e quais caminhos adotaram até aqui. Verificaremos também soluções imediatas, que são aquelas que já existem e por questões operacionais ou de gestão não estão em pleno uso, a exemplo de cisternas, barramentos, adutoras e a experiência da atividade de criação de caprinos e ovinos das comunidades tradicionais”, destacou.
De acordo com consultor da Casa Civil, Jeferson Viana, a missão também busca identificar práticas bem-sucedidas de convivência e os principais gargalos que implicam em políticas que não alcancem determinadas localidades.
“Atua com a responsabilidade de análise e acompanhamento das políticas públicas de inclusão socioprodutiva e sustentabilidade, sendo essencial registrar as potencialidades e os desafios sociais e ambientais do território. Também estamos fortalecendo articulações institucionais com prefeituras, organizações de assistência e a população, para além do o à água, incluindo na pauta a preservação ambiental e a impulsão das cadeias produtivas locais”.
Ainda conforme informações da Sema, os moradores da região também expressaram suas expectativas com a iniciativa. O agricultor familiar, José Nascimento, 60 anos, morador de Lagoa de Pedra, em Chorrochó, apresentou sua produção de hortaliças, cultivada com o apoio de uma cisterna do Água Para Todos e de um barreiro convencional.
“Recebi assistência técnica da Arcas quando fiz um pequeno viveiro com estufa, onde produzo coentro, salsinha, abobrinha e cebola para consumo e venda na feira da cidade. Meu pai construiu esse barreiro, eu ampliei, criei nove filhos com essa escassez de água e também com muito sacrifício, preciso do apoio para pagar a limpeza da aguada e melhorar o viveiro”, relatou.
Já Maria Silva, 62, do povoado Barra da Areia, falou sobre as dificuldades e preocupação com o futuro da sua família e vizinhos. “Com o Riacho da Vargem seco, pegamos água salobra em cacimbas para dar aos animais e uso na casa, mas tem ano que seca tudo. Para beber uso da cisterna abastecida por carro-pipa.
A gente vem enfrentando muitas dificuldades com a falta de chuva e o calor mais forte. O que queremos é apoio para continuar produzindo sem precisar deixar a terra onde nascemos”.
Iniciativas das comunidades
Entre as práticas vivenciadas nas visitas, destacam-se a utilização da cisterna calçadão e de enxurrada, assim como barreiros ou aguadas como reserva de emergência. Associado às cisternas de produção, a implantação de canteiros (com prática de cobertura do solo) e de estufas teladas (sombrites) potencializam a capacidade produtiva das culturas, propiciando também um ambiente mais digno ao trabalhador, evitando o trabalho a pleno sol. Importante tecnologia, que tem dado resultado é a barragem subterrânea, que promove a contenção do fluxo da água do lençol freático raso, que se acumula a montante da barragem, mantendo a umidade do solo em profundidade apropriada para captação pelo sistema de cultivos anuais de feijão, milho e outras culturas.
Outro ponto constatado foi a forma racionalizada e produtiva de gerir o uso da água, fruto do conhecimento tradicional potencializado pelas técnicas adquiridas através dos serviços de assistência técnica e extensão rural (Ater). Um exemplo são as cisternas entregues pelo Governo do Estado, por meio de contrato com a ONG Agendha que, ao mesmo tempo, oferece capacitação para pedreiros das próprias comunidades beneficiadas, que am a ser contratados para atuarem na construção destes equipamentos.
Os trabalhos contam com especialistas da Sema, da Casa Civil, Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), por meio da Companhia de Ação e Desenvolvimento Regional (CAR), além do apoio da ONG Agendha e da Associação Regional de Convivência Apropriada ao Semiárido (ARCAS). Coordenador técnico da ONG Agendha, Maurício Aroucha, ressaltou: “esse trabalho conjunto é essencial para transformar a realidade local. A troca de experiências e o mapeamento das tecnologias sociais são caminhos para fortalecer a resiliência das comunidades frente aos desafios climáticos”.
Na oportunidade, o coordenador apresentou a chamada pública Ater Bahia Sem Fome, uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), tem como objetivo garantir a segurança alimentar, nutricional e hídrica de cerca de 20 mil famílias em situação de vulnerabilidade, especialmente aquelas que vivem no campo, com duração de aproximadamente quatro anos.
Clima árido – Estudo divulgado no fim de 2023 pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), identificou características de clima árido no norte da Bahia. A primeira vez que essa condição foi registrada no Brasil, onde verificou-se em uma série histórica de 30 anos a redução de nuvens, diminuição das chuvas e aumento da incidência de radiação solar de ondas longas sobre a terra.