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.wp-block-button__link{color:#fff;background-color:#32373c;border-radius:9999px;box-shadow:none;text-decoration:none;padding:calc(.667em + 2px) calc(1.333em + 2px);font-size:1.125em}.wp-block-file__button{background:#32373c;color:#fff;text-decoration:none} [{"@context":"https:\/\/schema.org\/","@type":"BlogPosting","@id":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2024\/11\/28\/pesquisa-do-ibge-aponta-que-319-dos-municipios-ainda-despejam-residuos-domesticos-em-lixoes\/#BlogPosting","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2024\/11\/28\/pesquisa-do-ibge-aponta-que-319-dos-municipios-ainda-despejam-residuos-domesticos-em-lixoes\/","inLanguage":"pt-BR","mainEntityOfPage":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2024\/11\/28\/pesquisa-do-ibge-aponta-que-319-dos-municipios-ainda-despejam-residuos-domesticos-em-lixoes\/","headline":"Pesquisa do IBGE aponta que 31,9% dos munic\u00edpios ainda despejam res\u00edduos dom\u00e9sticos em lix\u00f5es","description":"Ap\u00f3s 14 anos da promulga\u00e7\u00e3o da Pol\u00edtica Nacional de Res\u00edduos S\u00f3lidos (Lei 12.305, de 02\/08\/2010), que em seu artigo 54 estabelece prazos para a implementa\u00e7\u00e3o da disposi\u00e7\u00e3o final ambientalmente adequada dos rejeitos, 31,9% dos munic\u00edpios brasileiros ainda utilizam lix\u00f5es como unidade de disposi\u00e7\u00e3o final de res\u00edduos s\u00f3lidos, considerada a forma menos adequada de destina\u00e7\u00e3o final","articleBody":"Ap\u00f3s 14 anos da promulga\u00e7\u00e3o da Pol\u00edtica Nacional de Res\u00edduos S\u00f3lidos (Lei 12.305, de 02\/08\/2010), que em seu artigo 54 estabelece prazos para a implementa\u00e7\u00e3o da disposi\u00e7\u00e3o final ambientalmente adequada dos rejeitos, 31,9% dos munic\u00edpios brasileiros ainda utilizam lix\u00f5es como unidade de disposi\u00e7\u00e3o final de res\u00edduos s\u00f3lidos, considerada a forma menos adequada de destina\u00e7\u00e3o final do res\u00edduo. Em 28,6%, a disposi\u00e7\u00e3o final era feita em aterros sanit\u00e1rios, enquanto aterros controlados eram utilizados em 18,7%, sendo que um munic\u00edpio pode possuir mais de uma forma de destina\u00e7\u00e3o de res\u00edduos s\u00f3lidos. Entre as grandes regi\u00f5es, os lix\u00f5es ainda eram utilizados em 73,8% dos munic\u00edpios na Regi\u00e3o Norte, 51,6% no Nordeste, 52,9% no Centro-Oeste, 12,1% no Sudeste e 5,7% no Sul. Os dados s\u00e3o do Suplemento de Saneamento da Pesquisa de Informa\u00e7\u00f5es B\u00e1sicas Municipais (MUNIC) 2023 e foram divulgados nesta quinta-feira (28\/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat\u00edsticas (IBGE). \u201cO lix\u00e3o e o aterro controlado s\u00e3o muito semelhantes, mas ambos se diferenciam do aterro sanit\u00e1rio. O lix\u00e3o n\u00e3o possui nenhum tipo de controle, enquanto o aterro controlado, como o nome sugere, apresenta algum n\u00edvel de gest\u00e3o, por\u00e9m sem garantir total adequa\u00e7\u00e3o ambiental. J\u00e1 o aterro sanit\u00e1rio foi constru\u00eddo para isso, portanto possui toda a estrutura necess\u00e1ria\u201d, explica a gerente da Pesquisa Nacional de Saneamento B\u00e1sico, Fernanda Malta. O Art. 54 da Pol\u00edtica Nacional de Res\u00edduos S\u00f3lidos estabelece prazos para a implementa\u00e7\u00e3o da disposi\u00e7\u00e3o final ambientalmente adequada dos rejeitos, ou seja, fim dos lix\u00f5es: \t\u00a0At\u00e9 2\/08\/2021, para capitais e munic\u00edpios em Regi\u00f5es Metropolitanas ou Regi\u00f5es Integradas de Desenvolvimento - RIDE; \tAt\u00e9 2\/08\/2022, para munic\u00edpios com popula\u00e7\u00e3o superior a 100.000 habitantes ou que est\u00e3o a menos de 20 km da fronteira com pa\u00edses lim\u00edtrofes; \tAt\u00e9 2\/08\/2023, para munic\u00edpios com popula\u00e7\u00e3o entre 50.000 e 100.000 habitantes; e \tAt\u00e9 2\/08\/2024, para munic\u00edpios com popula\u00e7\u00e3o inferior a 50.000 habitantes Levando em considera\u00e7\u00e3o o per\u00edodo da coleta da pesquisa (setembro de 2023 a mar\u00e7o de 2024), os munic\u00edpios com popula\u00e7\u00e3o superior a 50.000 habitantes deveriam implementar disposi\u00e7\u00e3o final ambientalmente adequada dos rejeitos e dar fim aos lix\u00f5es. Entretanto, 21,5% desses munic\u00edpios ainda contava com lix\u00f5es como unidade de disposi\u00e7\u00e3o final dos res\u00edduos s\u00f3lidos. Entre as grandes regi\u00f5es, a situa\u00e7\u00e3o dos munic\u00edpios com mais de 50.000 habitantes \u00e9 distinta. Na Regi\u00e3o Norte, 57,7% desses munic\u00edpios contavam com lix\u00e3o como unidade de disposi\u00e7\u00e3o final dos res\u00edduos s\u00f3lidos. A propor\u00e7\u00e3o cai para 38,3% no Nordeste e 29,5% no Centro-Oeste e se aproxima da meta no Sudeste (7,0%) e no Sul (1,8%). Coleta seletiva estava presente em 60,5% dos munic\u00edpios brasileiros No Brasil, 3.364 (60,5%) dos munic\u00edpios com algum servi\u00e7o em manejo de res\u00edduos s\u00f3lidos tinham coleta seletiva, enquanto 56,7% implementaram instrumentos legais que tratam sobre coleta seletiva, indicando que h\u00e1 uma aproxima\u00e7\u00e3o entre a legisla\u00e7\u00e3o e a pr\u00e1tica em pouco mais da metade dos munic\u00edpios brasileiros Regionalmente, houve uma grande varia\u00e7\u00e3o. A Regi\u00e3o Sul liderou em ambas as categorias, com 81,9% dos munic\u00edpios possuindo coleta seletiva e 74,5% com legisla\u00e7\u00e3o espec\u00edfica. Em contraste, a Regi\u00e3o Norte apresentou os menores valores, com 33,5% e 42,2%, respectivamente, destacando a necessidade de expandir a cobertura do servi\u00e7o, uma vez que os instrumentos legais est\u00e3o mais presentes do que a implementa\u00e7\u00e3o do servi\u00e7o. No Nordeste, tamb\u00e9m houve uma diferen\u00e7a entre munic\u00edpios com instrumentos legais e com a oferta do servi\u00e7o de coleta seletiva, 38,2% e 33,5%, respectivamente, sugerindo que ainda h\u00e1 um esfor\u00e7o necess\u00e1rio para implementar as pol\u00edticas p\u00fablicas de coleta seletiva. Dos 5.557 munic\u00edpios com servi\u00e7o de limpeza urbana e manejo de res\u00edduos s\u00f3lidos, 4.093 (73,7%) indicaram presen\u00e7a de catadores informais. J\u00e1 as entidades de catadores que atuaram na coleta seletiva estavam presentes em 1.498 (27,0%) munic\u00edpios. Na Regi\u00e3o Norte, 72,5% dos munic\u00edpios contaram com catadores informais e 16,7% tinham entidades de catadores atuando na coleta seletiva. No Nordeste, 71,8% e 18,7%, respectivamente. O Sudeste, que foi a regi\u00e3o com maior percentual de munic\u00edpios com catadores informais (78,0%), liderou em termos de entidades de catadores, prestando servi\u00e7o de coleta seletiva em 33,5% dos munic\u00edpios. O Sul tinha 70,2% e 35,5%, respectivamente, e o Centro-Oeste, 75,3% e 23,2%. A exist\u00eancia de algum dispositivo de drenagem e manejo de \u00e1guas pluviais foi informada em 5.348 (96,0%) munic\u00edpios em 2023. A Regi\u00e3o Sudeste apresentou o maior percentual de munic\u00edpios com o servi\u00e7o (99,6%) e o Nordeste, o menor (89,3%). O baixo percentual de munic\u00edpios com servi\u00e7o de drenagem no Piau\u00ed (47,8%) influenciou o total da regi\u00e3o Nordeste. Chama a aten\u00e7\u00e3o que, do total de munic\u00edpios piauienses, 50,4% est\u00e3o inseridos na \u00e1rea do Pol\u00edgono das Secas, no Semi\u00e1rido brasileiro. Ampliando essa observa\u00e7\u00e3o para toda a Regi\u00e3o Nordeste, tem-se que, dos 191 munic\u00edpios nordestinos sem o servi\u00e7o de drenagem, 174 fazem parte do Pol\u00edgono das Secas. \u201cA drenagem se divide em dois tipos: microdrenagem e macrodrenagem. Microdrenagem disciplina a \u00e1gua das chuvas na \u00e1rea urbana atrav\u00e9s dos pavimentos das ruas, guias e sarjetas, bocas de lobo, po\u00e7os de visita etc. J\u00e1 a macrodrenagem \u00e9 compreendida por canais que recebem as \u00e1guas da microdrenagem e s\u00e3o respons\u00e1veis pelo escoamento final das \u00e1guas atrav\u00e9s dos canais naturais ou artificiais, galerias pluviais, igarap\u00e9s, c\u00f3rregos, rios e grandes dispositivos de drenagem\u201d, salienta Fernanda. No Brasil, 24,5% dos munic\u00edpios informaram ter solu\u00e7\u00f5es baseadas na natureza como estrat\u00e9gias de drenagem sustent\u00e1veis, enquanto 57,5% n\u00e3o tinham e 18,0% n\u00e3o souberam informar. \u201cSolu\u00e7\u00f5es baseadas na natureza s\u00e3o abordagens para resolver desafios sociais, econ\u00f4micos e ambientais usando processos e elementos naturais de forma sustent\u00e1vel. Como essa pergunta \u00e9 uma inova\u00e7\u00e3o na pesquisa, tamb\u00e9m foi importante a op\u00e7\u00e3o \u2018N\u00e3o sabe\u2019, pois a desinforma\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 informa\u00e7\u00e3o nesse caso, as vezes nem se sabe que uma estrutura dessa \u00e9 um equipamento de drenagem sustent\u00e1vel\u201d, destaca a gerente da pesquisa. Com o objetivo de mapear as a\u00e7\u00f5es de manejo de \u00e1guas pluviais voltadas para a drenagem sustent\u00e1vel, foi questionado ao informante se adotava alguma das Solu\u00e7\u00f5es Baseadas na Natureza: alagados constru\u00eddos (wetlands); corredores verdes urbanos (greenways); ruas verdes (green streets); canteiros pluviais; jardins de chuva; bioengenharia de solos ou engenharia natural; parques lineares urbanos; e valas de infiltra\u00e7\u00e3o. Os tipos de infraestruturas verdes que predominaram no pa\u00eds em 2023, segundo informa\u00e7\u00f5es dos \u00f3rg\u00e3os gestores do servi\u00e7o de manejo de \u00e1guas pluviais, foram as valas de infiltra\u00e7\u00e3o (40,8%), seguidas pelos parques urbanos (35,3%). Os munic\u00edpios podem informar a ado\u00e7\u00e3o demais de uma solu\u00e7\u00e3o baseada na natureza. A pesquisa tamb\u00e9m investigou poss\u00edveis motivos e dificuldades que os munic\u00edpios estariam enfrentando para implementar as Solu\u00e7\u00f5es Baseadas na Natureza, sendo que os informantes puderam registrar mais de uma resposta. A falta de incentivos financeiros\/fiscais e\/ou previs\u00e3o or\u00e7ament\u00e1ria foi a maior dificuldade relatada, informada por 2.872 munic\u00edpios. \u00c1reas constru\u00eddas consolidadas (\u00e1reas urbanizadas densas ou ocupadas h\u00e1 mais de 10 anos) foram relatadas por 2.296 munic\u00edpios, ocupando o segundo lugar em dificuldades para expans\u00e3o ou implementa\u00e7\u00e3o de drenagem sustent\u00e1vel. Falta de pessoal qualificado (2.162) e aus\u00eancia de legisla\u00e7\u00e3o (2.152) seguem a lista. Propor\u00e7\u00e3o de munic\u00edpios com Pol\u00edtica de Saneamento B\u00e1sico cresce de 38,2% em 2017 para 55,9% em 2023 Em 2023, 3.112 munic\u00edpios (55,9%) informaram contar com Pol\u00edtica Municipal de Saneamento B\u00e1sico finalizada, n\u00famero significativamente superior aos 2.126 (38,2%) com a mesma informa\u00e7\u00e3o em 2017. J\u00e1 833 municipalidades (15,0%) declararam estar em processo de elabora\u00e7\u00e3o de sua respectiva pol\u00edtica. Em 2017, esses eram 1.342 (24,1%). Em todas as classes de tamanho da popula\u00e7\u00e3o dos munic\u00edpios, mais da metade informou ter conclu\u00eddo a elabora\u00e7\u00e3o desta pol\u00edtica. Os 1 370 munic\u00edpios com mais de 10 000 a 20.000 habitantes teve o menor percentual dos com Pol\u00edtica (51,1%) e o maior dos com a pol\u00edtica em elabora\u00e7\u00e3o (17,3%). \u201ara efeito de se obter percentuais mais substantivos e garantir maior base \u00e0 an\u00e1lise foram combinados os n\u00fameros de munic\u00edpios com pol\u00edtica existente e em elabora\u00e7\u00e3o e, na compara\u00e7\u00e3o dos per\u00edodos, \u00e9 poss\u00edvel concluir que os munic\u00edpios brasileiros foram capazes de seguir produzindo suas Pol\u00edticas Municipais de Saneamento B\u00e1sico em bases regulares de 2017 at\u00e9 2023\u201d, complementa a gerente. 69,1% dos munic\u00edpios forneciam o \u00e0 informa\u00e7\u00e3o e participa\u00e7\u00e3o dos usu\u00e1rios no servi\u00e7o de saneamento b\u00e1sico Em rela\u00e7\u00e3o ao o \u00e0 informa\u00e7\u00e3o e participa\u00e7\u00e3o do usu\u00e1rio, a pesquisa contou com tr\u00eas perguntas no question\u00e1rio: se tinha sistema p\u00fablico de informa\u00e7\u00e3o sobre os servi\u00e7os de saneamento; se tinha ouvidoria; e se tinha central de atendimento ao cidad\u00e3o para o recebimento de reclama\u00e7\u00f5es ou manifesta\u00e7\u00f5es sobre os servi\u00e7os de saneamento. Em 69,1% dos munic\u00edpios brasileiros, o gestor informou a exist\u00eancia de pelo menos um dos tr\u00eas servi\u00e7os citados. 30,8% das municipalidades tinham Pol\u00edtica Municipal de Educa\u00e7\u00e3o Ambiental Em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 Pol\u00edtica Municipal de Educa\u00e7\u00e3o Ambiental, observou-se que essa pol\u00edtica enfrentou uma significativa falta de representa\u00e7\u00e3o nos munic\u00edpios, pois a pesquisa registrou que, em 2023, havia 1.120 munic\u00edpios com ela em vigor, 597 com a mesma em elabora\u00e7\u00e3o e 3.848 cidades n\u00e3o a possu\u00edam e tampouco a estavam construindo. Portanto, apenas 30,8% das istra\u00e7\u00f5es municipais brasileiras afirmaram ter conclu\u00eddo o processo para emiss\u00e3o desse documento ou estar com ele em elabora\u00e7\u00e3o. Entre as regi\u00f5es, \u00e9 interessante observar que no somat\u00f3rio de munic\u00edpios com Pol\u00edtica Municipal de Educa\u00e7\u00e3o Ambiental existente e em elabora\u00e7\u00e3o, o menor percentual se localizou no Sul do pa\u00eds (20,9%), sendo ainda menor naqueles com at\u00e9 5.000 habitantes (13,8%), que representam a maior parcela de localidades da regi\u00e3o, 37,0% do total. A Regi\u00e3o Nordeste tinha a segunda menor preval\u00eancia desta pol\u00edtica nas circunst\u00e2ncias conjuntas (29,0%). O Centro-Oeste se destacou com 38,1% dos seus munic\u00edpios com Pol\u00edtica Municipal de Educa\u00e7\u00e3o Ambiental, seja com a exist\u00eancia da Pol\u00edtica, ou com ela ainda em elabora\u00e7\u00e3o. Mais sobre a pesquisa O Suplemento de Saneamento da Pesquisa de Informa\u00e7\u00f5es B\u00e1sicas Municipais (MUNIC) 2023 apresenta informa\u00e7\u00f5es sobre a gest\u00e3o dos servi\u00e7os de limpeza urbana e manejo de res\u00edduos s\u00f3lidos e drenagem e manejo de \u00e1guas pluviais dos 5.570 munic\u00edpios do Brasil. Traz tamb\u00e9m informa\u00e7\u00f5es sobre a caracteriza\u00e7\u00e3o e infraestrutura do \u00f3rg\u00e3o gestor do servi\u00e7o de saneamento, legisla\u00e7\u00e3o e instrumentos de gest\u00e3o, solu\u00e7\u00f5es baseadas na natureza, coleta seletiva e catadores, log\u00edstica reversa, regionaliza\u00e7\u00e3o, educa\u00e7\u00e3o ambiental e cobran\u00e7a.","keywords":"IBGE, Lix\u00e3o, ","datePublished":"2024-11-28T11:23:30-03:00","dateModified":"2024-11-28T11:23:30-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Joana Martins","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/author\/joana-martins\/","sameAs":[],"image":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/36ac507bea6f2e6a67b1a38ab0bd73bf69a2ba1221d3e97be852d4f0dbdf3218?s=96&d=mm&r=g","height":96,"width":96}},"editor":{"@type":"Person","name":"Joana Martins","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/author\/joana-martins\/","sameAs":[],"image":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/36ac507bea6f2e6a67b1a38ab0bd73bf69a2ba1221d3e97be852d4f0dbdf3218?s=96&d=mm&r=g","height":96,"width":96}},"publisher":{"@type":"Organization","name":"Ag\u00eancia Sert\u00e3o","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com","logo":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2020\/12\/Logo-Agencia-Sertao-160x60-1.png","width":"160","height":"50"}},"image":[{"@type":"ImageObject","@id":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2024\/11\/28\/pesquisa-do-ibge-aponta-que-319-dos-municipios-ainda-despejam-residuos-domesticos-em-lixoes\/#primaryimage","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2024\/11\/3358-Pesquisa-do-IBGE-aponta-que-319-dos-municipios-ainda-despejam-residuos-domesticos-em-lixoes.webp","width":"1280","height":"720","caption":"Munic\u00edpios ainda utilizam lix\u00f5es do Brasil"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2024\/11\/3358-Pesquisa-do-IBGE-aponta-que-319-dos-municipios-ainda-despejam-residuos-domesticos-em-lixoes-1200x900.webp","width":"1200","height":"900","caption":"Munic\u00edpios ainda utilizam lix\u00f5es do Brasil"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2024\/11\/3358-Pesquisa-do-IBGE-aponta-que-319-dos-municipios-ainda-despejam-residuos-domesticos-em-lixoes-1200x675.webp","width":"1200","height":"675","caption":"Munic\u00edpios ainda utilizam lix\u00f5es do Brasil"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2024\/11\/3358-Pesquisa-do-IBGE-aponta-que-319-dos-municipios-ainda-despejam-residuos-domesticos-em-lixoes-720x720.webp","width":"720","height":"720","caption":"Munic\u00edpios ainda utilizam lix\u00f5es do Brasil"}]},
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Em 28,6%, a disposi\u00e7\u00e3o final era feita em aterros sanit\u00e1rios, enquanto aterros controlados eram utilizados em 18,7%, sendo que um munic\u00edpio pode possuir mais de uma forma de destina\u00e7\u00e3o de res\u00edduos s\u00f3lidos. Entre as grandes regi\u00f5es, os lix\u00f5es ainda eram utilizados em 73,8% dos munic\u00edpios na Regi\u00e3o Norte, 51,6% no Nordeste, 52,9% no Centro-Oeste, 12,1% no Sudeste e 5,7% no Sul. Os dados s\u00e3o do Suplemento de Saneamento da Pesquisa de Informa\u00e7\u00f5es B\u00e1sicas Municipais (MUNIC) 2023 e foram divulgados nesta quinta-feira (28\/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat\u00edsticas (IBGE). \u201cO lix\u00e3o e o aterro controlado s\u00e3o muito semelhantes, mas ambos se diferenciam do aterro sanit\u00e1rio. O lix\u00e3o n\u00e3o possui nenhum tipo de controle, enquanto o aterro controlado, como o nome sugere, apresenta algum n\u00edvel de gest\u00e3o, por\u00e9m sem garantir total adequa\u00e7\u00e3o ambiental. J\u00e1 o aterro sanit\u00e1rio foi constru\u00eddo para isso, portanto possui toda a estrutura necess\u00e1ria\u201d, explica a gerente da Pesquisa Nacional de Saneamento B\u00e1sico, Fernanda Malta. O Art. 54 da Pol\u00edtica Nacional de Res\u00edduos S\u00f3lidos estabelece prazos para a implementa\u00e7\u00e3o da disposi\u00e7\u00e3o final ambientalmente adequada dos rejeitos, ou seja, fim dos lix\u00f5es: \t\u00a0At\u00e9 2\/08\/2021, para capitais e munic\u00edpios em Regi\u00f5es Metropolitanas ou Regi\u00f5es Integradas de Desenvolvimento - RIDE; \tAt\u00e9 2\/08\/2022, para munic\u00edpios com popula\u00e7\u00e3o superior a 100.000 habitantes ou que est\u00e3o a menos de 20 km da fronteira com pa\u00edses lim\u00edtrofes; \tAt\u00e9 2\/08\/2023, para munic\u00edpios com popula\u00e7\u00e3o entre 50.000 e 100.000 habitantes; e \tAt\u00e9 2\/08\/2024, para munic\u00edpios com popula\u00e7\u00e3o inferior a 50.000 habitantes Levando em considera\u00e7\u00e3o o per\u00edodo da coleta da pesquisa (setembro de 2023 a mar\u00e7o de 2024), os munic\u00edpios com popula\u00e7\u00e3o superior a 50.000 habitantes deveriam implementar disposi\u00e7\u00e3o final ambientalmente adequada dos rejeitos e dar fim aos lix\u00f5es. Entretanto, 21,5% desses munic\u00edpios ainda contava com lix\u00f5es como unidade de disposi\u00e7\u00e3o final dos res\u00edduos s\u00f3lidos. Entre as grandes regi\u00f5es, a situa\u00e7\u00e3o dos munic\u00edpios com mais de 50.000 habitantes \u00e9 distinta. Na Regi\u00e3o Norte, 57,7% desses munic\u00edpios contavam com lix\u00e3o como unidade de disposi\u00e7\u00e3o final dos res\u00edduos s\u00f3lidos. A propor\u00e7\u00e3o cai para 38,3% no Nordeste e 29,5% no Centro-Oeste e se aproxima da meta no Sudeste (7,0%) e no Sul (1,8%). Coleta seletiva estava presente em 60,5% dos munic\u00edpios brasileiros No Brasil, 3.364 (60,5%) dos munic\u00edpios com algum servi\u00e7o em manejo de res\u00edduos s\u00f3lidos tinham coleta seletiva, enquanto 56,7% implementaram instrumentos legais que tratam sobre coleta seletiva, indicando que h\u00e1 uma aproxima\u00e7\u00e3o entre a legisla\u00e7\u00e3o e a pr\u00e1tica em pouco mais da metade dos munic\u00edpios brasileiros Regionalmente, houve uma grande varia\u00e7\u00e3o. A Regi\u00e3o Sul liderou em ambas as categorias, com 81,9% dos munic\u00edpios possuindo coleta seletiva e 74,5% com legisla\u00e7\u00e3o espec\u00edfica. Em contraste, a Regi\u00e3o Norte apresentou os menores valores, com 33,5% e 42,2%, respectivamente, destacando a necessidade de expandir a cobertura do servi\u00e7o, uma vez que os instrumentos legais est\u00e3o mais presentes do que a implementa\u00e7\u00e3o do servi\u00e7o. No Nordeste, tamb\u00e9m houve uma diferen\u00e7a entre munic\u00edpios com instrumentos legais e com a oferta do servi\u00e7o de coleta seletiva, 38,2% e 33,5%, respectivamente, sugerindo que ainda h\u00e1 um esfor\u00e7o necess\u00e1rio para implementar as pol\u00edticas p\u00fablicas de coleta seletiva. Dos 5.557 munic\u00edpios com servi\u00e7o de limpeza urbana e manejo de res\u00edduos s\u00f3lidos, 4.093 (73,7%) indicaram presen\u00e7a de catadores informais. J\u00e1 as entidades de catadores que atuaram na coleta seletiva estavam presentes em 1.498 (27,0%) munic\u00edpios. Na Regi\u00e3o Norte, 72,5% dos munic\u00edpios contaram com catadores informais e 16,7% tinham entidades de catadores atuando na coleta seletiva. No Nordeste, 71,8% e 18,7%, respectivamente. O Sudeste, que foi a regi\u00e3o com maior percentual de munic\u00edpios com catadores informais (78,0%), liderou em termos de entidades de catadores, prestando servi\u00e7o de coleta seletiva em 33,5% dos munic\u00edpios. O Sul tinha 70,2% e 35,5%, respectivamente, e o Centro-Oeste, 75,3% e 23,2%. A exist\u00eancia de algum dispositivo de drenagem e manejo de \u00e1guas pluviais foi informada em 5.348 (96,0%) munic\u00edpios em 2023. A Regi\u00e3o Sudeste apresentou o maior percentual de munic\u00edpios com o servi\u00e7o (99,6%) e o Nordeste, o menor (89,3%). O baixo percentual de munic\u00edpios com servi\u00e7o de drenagem no Piau\u00ed (47,8%) influenciou o total da regi\u00e3o Nordeste. Chama a aten\u00e7\u00e3o que, do total de munic\u00edpios piauienses, 50,4% est\u00e3o inseridos na \u00e1rea do Pol\u00edgono das Secas, no Semi\u00e1rido brasileiro. Ampliando essa observa\u00e7\u00e3o para toda a Regi\u00e3o Nordeste, tem-se que, dos 191 munic\u00edpios nordestinos sem o servi\u00e7o de drenagem, 174 fazem parte do Pol\u00edgono das Secas. \u201cA drenagem se divide em dois tipos: microdrenagem e macrodrenagem. Microdrenagem disciplina a \u00e1gua das chuvas na \u00e1rea urbana atrav\u00e9s dos pavimentos das ruas, guias e sarjetas, bocas de lobo, po\u00e7os de visita etc. J\u00e1 a macrodrenagem \u00e9 compreendida por canais que recebem as \u00e1guas da microdrenagem e s\u00e3o respons\u00e1veis pelo escoamento final das \u00e1guas atrav\u00e9s dos canais naturais ou artificiais, galerias pluviais, igarap\u00e9s, c\u00f3rregos, rios e grandes dispositivos de drenagem\u201d, salienta Fernanda. No Brasil, 24,5% dos munic\u00edpios informaram ter solu\u00e7\u00f5es baseadas na natureza como estrat\u00e9gias de drenagem sustent\u00e1veis, enquanto 57,5% n\u00e3o tinham e 18,0% n\u00e3o souberam informar. \u201cSolu\u00e7\u00f5es baseadas na natureza s\u00e3o abordagens para resolver desafios sociais, econ\u00f4micos e ambientais usando processos e elementos naturais de forma sustent\u00e1vel. Como essa pergunta \u00e9 uma inova\u00e7\u00e3o na pesquisa, tamb\u00e9m foi importante a op\u00e7\u00e3o \u2018N\u00e3o sabe\u2019, pois a desinforma\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 informa\u00e7\u00e3o nesse caso, as vezes nem se sabe que uma estrutura dessa \u00e9 um equipamento de drenagem sustent\u00e1vel\u201d, destaca a gerente da pesquisa. Com o objetivo de mapear as a\u00e7\u00f5es de manejo de \u00e1guas pluviais voltadas para a drenagem sustent\u00e1vel, foi questionado ao informante se adotava alguma das Solu\u00e7\u00f5es Baseadas na Natureza: alagados constru\u00eddos (wetlands); corredores verdes urbanos (greenways); ruas verdes (green streets); canteiros pluviais; jardins de chuva; bioengenharia de solos ou engenharia natural; parques lineares urbanos; e valas de infiltra\u00e7\u00e3o. Os tipos de infraestruturas verdes que predominaram no pa\u00eds em 2023, segundo informa\u00e7\u00f5es dos \u00f3rg\u00e3os gestores do servi\u00e7o de manejo de \u00e1guas pluviais, foram as valas de infiltra\u00e7\u00e3o (40,8%), seguidas pelos parques urbanos (35,3%). Os munic\u00edpios podem informar a ado\u00e7\u00e3o demais de uma solu\u00e7\u00e3o baseada na natureza. A pesquisa tamb\u00e9m investigou poss\u00edveis motivos e dificuldades que os munic\u00edpios estariam enfrentando para implementar as Solu\u00e7\u00f5es Baseadas na Natureza, sendo que os informantes puderam registrar mais de uma resposta. A falta de incentivos financeiros\/fiscais e\/ou previs\u00e3o or\u00e7ament\u00e1ria foi a maior dificuldade relatada, informada por 2.872 munic\u00edpios. \u00c1reas constru\u00eddas consolidadas (\u00e1reas urbanizadas densas ou ocupadas h\u00e1 mais de 10 anos) foram relatadas por 2.296 munic\u00edpios, ocupando o segundo lugar em dificuldades para expans\u00e3o ou implementa\u00e7\u00e3o de drenagem sustent\u00e1vel. Falta de pessoal qualificado (2.162) e aus\u00eancia de legisla\u00e7\u00e3o (2.152) seguem a lista. Propor\u00e7\u00e3o de munic\u00edpios com Pol\u00edtica de Saneamento B\u00e1sico cresce de 38,2% em 2017 para 55,9% em 2023 Em 2023, 3.112 munic\u00edpios (55,9%) informaram contar com Pol\u00edtica Municipal de Saneamento B\u00e1sico finalizada, n\u00famero significativamente superior aos 2.126 (38,2%) com a mesma informa\u00e7\u00e3o em 2017. J\u00e1 833 municipalidades (15,0%) declararam estar em processo de elabora\u00e7\u00e3o de sua respectiva pol\u00edtica. Em 2017, esses eram 1.342 (24,1%). Em todas as classes de tamanho da popula\u00e7\u00e3o dos munic\u00edpios, mais da metade informou ter conclu\u00eddo a elabora\u00e7\u00e3o desta pol\u00edtica. Os 1 370 munic\u00edpios com mais de 10 000 a 20.000 habitantes teve o menor percentual dos com Pol\u00edtica (51,1%) e o maior dos com a pol\u00edtica em elabora\u00e7\u00e3o (17,3%). \u201ara efeito de se obter percentuais mais substantivos e garantir maior base \u00e0 an\u00e1lise foram combinados os n\u00fameros de munic\u00edpios com pol\u00edtica existente e em elabora\u00e7\u00e3o e, na compara\u00e7\u00e3o dos per\u00edodos, \u00e9 poss\u00edvel concluir que os munic\u00edpios brasileiros foram capazes de seguir produzindo suas Pol\u00edticas Municipais de Saneamento B\u00e1sico em bases regulares de 2017 at\u00e9 2023\u201d, complementa a gerente. 69,1% dos munic\u00edpios forneciam o \u00e0 informa\u00e7\u00e3o e participa\u00e7\u00e3o dos usu\u00e1rios no servi\u00e7o de saneamento b\u00e1sico Em rela\u00e7\u00e3o ao o \u00e0 informa\u00e7\u00e3o e participa\u00e7\u00e3o do usu\u00e1rio, a pesquisa contou com tr\u00eas perguntas no question\u00e1rio: se tinha sistema p\u00fablico de informa\u00e7\u00e3o sobre os servi\u00e7os de saneamento; se tinha ouvidoria; e se tinha central de atendimento ao cidad\u00e3o para o recebimento de reclama\u00e7\u00f5es ou manifesta\u00e7\u00f5es sobre os servi\u00e7os de saneamento. Em 69,1% dos munic\u00edpios brasileiros, o gestor informou a exist\u00eancia de pelo menos um dos tr\u00eas servi\u00e7os citados. 30,8% das municipalidades tinham Pol\u00edtica Municipal de Educa\u00e7\u00e3o Ambiental Em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 Pol\u00edtica Municipal de Educa\u00e7\u00e3o Ambiental, observou-se que essa pol\u00edtica enfrentou uma significativa falta de representa\u00e7\u00e3o nos munic\u00edpios, pois a pesquisa registrou que, em 2023, havia 1.120 munic\u00edpios com ela em vigor, 597 com a mesma em elabora\u00e7\u00e3o e 3.848 cidades n\u00e3o a possu\u00edam e tampouco a estavam construindo. Portanto, apenas 30,8% das istra\u00e7\u00f5es municipais brasileiras afirmaram ter conclu\u00eddo o processo para emiss\u00e3o desse documento ou estar com ele em elabora\u00e7\u00e3o. Entre as regi\u00f5es, \u00e9 interessante observar que no somat\u00f3rio de munic\u00edpios com Pol\u00edtica Municipal de Educa\u00e7\u00e3o Ambiental existente e em elabora\u00e7\u00e3o, o menor percentual se localizou no Sul do pa\u00eds (20,9%), sendo ainda menor naqueles com at\u00e9 5.000 habitantes (13,8%), que representam a maior parcela de localidades da regi\u00e3o, 37,0% do total. A Regi\u00e3o Nordeste tinha a segunda menor preval\u00eancia desta pol\u00edtica nas circunst\u00e2ncias conjuntas (29,0%). O Centro-Oeste se destacou com 38,1% dos seus munic\u00edpios com Pol\u00edtica Municipal de Educa\u00e7\u00e3o Ambiental, seja com a exist\u00eancia da Pol\u00edtica, ou com ela ainda em elabora\u00e7\u00e3o. Mais sobre a pesquisa O Suplemento de Saneamento da Pesquisa de Informa\u00e7\u00f5es B\u00e1sicas Municipais (MUNIC) 2023 apresenta informa\u00e7\u00f5es sobre a gest\u00e3o dos servi\u00e7os de limpeza urbana e manejo de res\u00edduos s\u00f3lidos e drenagem e manejo de \u00e1guas pluviais dos 5.570 munic\u00edpios do Brasil. Traz tamb\u00e9m informa\u00e7\u00f5es sobre a caracteriza\u00e7\u00e3o e infraestrutura do \u00f3rg\u00e3o gestor do servi\u00e7o de saneamento, legisla\u00e7\u00e3o e instrumentos de gest\u00e3o, solu\u00e7\u00f5es baseadas na natureza, coleta seletiva e catadores, log\u00edstica reversa, regionaliza\u00e7\u00e3o, educa\u00e7\u00e3o ambiental e cobran\u00e7a.","keywords":["IBGE"," Lix\u00e3o"," "],"name":"Pesquisa do IBGE aponta que 31,9% dos munic\u00edpios ainda despejam res\u00edduos dom\u00e9sticos em lix\u00f5es","thumbnailUrl":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2024\/11\/3358-Pesquisa-do-IBGE-aponta-que-319-dos-municipios-ainda-despejam-residuos-domesticos-em-lixoes-150x150.webp","wordCount":"1609","timeRequired":"PT7M9S","mainEntity":{"@type":"WebPage","@id":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2024\/11\/28\/pesquisa-do-ibge-aponta-que-319-dos-municipios-ainda-despejam-residuos-domesticos-em-lixoes\/"},"author":{"@type":"Person","name":"Joana Martins","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/author\/joana-martins\/","sameAs":[],"image":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/36ac507bea6f2e6a67b1a38ab0bd73bf69a2ba1221d3e97be852d4f0dbdf3218?s=96&d=mm&r=g","height":96,"width":96}},"editor":{"@type":"Person","name":"Joana Martins","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/author\/joana-martins\/","sameAs":[],"image":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/36ac507bea6f2e6a67b1a38ab0bd73bf69a2ba1221d3e97be852d4f0dbdf3218?s=96&d=mm&r=g","height":96,"width":96}},"publisher":{"@type":"Organization","name":"Ag\u00eancia Sert\u00e3o","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com","logo":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2020\/12\/Logo-Agencia-Sertao-160x60-1.png","width":"160","height":"50"}},"speakable":{"@type":"SpeakableSpecification","xpath":["\/html\/head\/title","\/html\/head\/meta[@name='description']\/@content"]},"image":[{"@type":"ImageObject","@id":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2024\/11\/28\/pesquisa-do-ibge-aponta-que-319-dos-municipios-ainda-despejam-residuos-domesticos-em-lixoes\/#primaryimage","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2024\/11\/3358-Pesquisa-do-IBGE-aponta-que-319-dos-municipios-ainda-despejam-residuos-domesticos-em-lixoes.webp","width":"1280","height":"720","caption":"Munic\u00edpios ainda utilizam lix\u00f5es do Brasil"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2024\/11\/3358-Pesquisa-do-IBGE-aponta-que-319-dos-municipios-ainda-despejam-residuos-domesticos-em-lixoes-1200x900.webp","width":"1200","height":"900","caption":"Munic\u00edpios ainda utilizam lix\u00f5es do Brasil"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2024\/11\/3358-Pesquisa-do-IBGE-aponta-que-319-dos-municipios-ainda-despejam-residuos-domesticos-em-lixoes-1200x675.webp","width":"1200","height":"675","caption":"Munic\u00edpios ainda utilizam lix\u00f5es do Brasil"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2024\/11\/3358-Pesquisa-do-IBGE-aponta-que-319-dos-municipios-ainda-despejam-residuos-domesticos-em-lixoes-720x720.webp","width":"720","height":"720","caption":"Munic\u00edpios ainda utilizam lix\u00f5es do Brasil"}]}]
Após 14 anos da promulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305, de 02/08/2010), que em seu artigo 54 estabelece prazos para a implementação da disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, 31,9% dos municípios brasileiros ainda utilizam lixões como unidade de disposição final de resíduos sólidos, considerada a forma menos adequada de destinação final do resíduo.
Em 28,6%, a disposição final era feita em aterros sanitários, enquanto aterros controlados eram utilizados em 18,7%, sendo que um município pode possuir mais de uma forma de destinação de resíduos sólidos.
Entre as grandes regiões, os lixões ainda eram utilizados em 73,8% dos municípios na Região Norte, 51,6% no Nordeste, 52,9% no Centro-Oeste, 12,1% no Sudeste e 5,7% no Sul. Os dados são do Suplemento de Saneamento da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC) 2023 e foram divulgados nesta quinta-feira (28/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
“O lixão e o aterro controlado são muito semelhantes, mas ambos se diferenciam do aterro sanitário. O lixão não possui nenhum tipo de controle, enquanto o aterro controlado, como o nome sugere, apresenta algum nível de gestão, porém sem garantir total adequação ambiental. Já o aterro sanitário foi construído para isso, portanto possui toda a estrutura necessária”, explica a gerente da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, Fernanda Malta.
O Art. 54 da Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece prazos para a implementação da disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, ou seja, fim dos lixões:
Até 2/08/2021, para capitais e municípios em Regiões Metropolitanas ou Regiões Integradas de Desenvolvimento – RIDE;
Até 2/08/2022, para municípios com população superior a 100.000 habitantes ou que estão a menos de 20 km da fronteira com países limítrofes;
Até 2/08/2023, para municípios com população entre 50.000 e 100.000 habitantes; e
Até 2/08/2024, para municípios com população inferior a 50.000 habitantes
Levando em consideração o período da coleta da pesquisa (setembro de 2023 a março de 2024), os municípios com população superior a 50.000 habitantes deveriam implementar disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos e dar fim aos lixões. Entretanto, 21,5% desses municípios ainda contava com lixões como unidade de disposição final dos resíduos sólidos.
Entre as grandes regiões, a situação dos municípios com mais de 50.000 habitantes é distinta. Na Região Norte, 57,7% desses municípios contavam com lixão como unidade de disposição final dos resíduos sólidos.
A proporção cai para 38,3% no Nordeste e 29,5% no Centro-Oeste e se aproxima da meta no Sudeste (7,0%) e no Sul (1,8%).
Coleta seletiva estava presente em 60,5% dos municípios brasileiros
No Brasil, 3.364 (60,5%) dos municípios com algum serviço em manejo de resíduos sólidos tinham coleta seletiva, enquanto 56,7% implementaram instrumentos legais que tratam sobre coleta seletiva, indicando que há uma aproximação entre a legislação e a prática em pouco mais da metade dos municípios brasileiros
Regionalmente, houve uma grande variação. A Região Sul liderou em ambas as categorias, com 81,9% dos municípios possuindo coleta seletiva e 74,5% com legislação específica. Em contraste, a Região Norte apresentou os menores valores, com 33,5% e 42,2%, respectivamente, destacando a necessidade de expandir a cobertura do serviço, uma vez que os instrumentos legais estão mais presentes do que a implementação do serviço.
No Nordeste, também houve uma diferença entre municípios com instrumentos legais e com a oferta do serviço de coleta seletiva, 38,2% e 33,5%, respectivamente, sugerindo que ainda há um esforço necessário para implementar as políticas públicas de coleta seletiva.
Dos 5.557 municípios com serviço de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, 4.093 (73,7%) indicaram presença de catadores informais. Já as entidades de catadores que atuaram na coleta seletiva estavam presentes em 1.498 (27,0%) municípios.
Na Região Norte, 72,5% dos municípios contaram com catadores informais e 16,7% tinham entidades de catadores atuando na coleta seletiva. No Nordeste, 71,8% e 18,7%, respectivamente. O Sudeste, que foi a região com maior percentual de municípios com catadores informais (78,0%), liderou em termos de entidades de catadores, prestando serviço de coleta seletiva em 33,5% dos municípios. O Sul tinha 70,2% e 35,5%, respectivamente, e o Centro-Oeste, 75,3% e 23,2%.
A existência de algum dispositivo de drenagem e manejo de águas pluviais foi informada em 5.348 (96,0%) municípios em 2023. A Região Sudeste apresentou o maior percentual de municípios com o serviço (99,6%) e o Nordeste, o menor (89,3%).
O baixo percentual de municípios com serviço de drenagem no Piauí (47,8%) influenciou o total da região Nordeste. Chama a atenção que, do total de municípios piauienses, 50,4% estão inseridos na área do Polígono das Secas, no Semiárido brasileiro. Ampliando essa observação para toda a Região Nordeste, tem-se que, dos 191 municípios nordestinos sem o serviço de drenagem, 174 fazem parte do Polígono das Secas.
“A drenagem se divide em dois tipos: microdrenagem e macrodrenagem. Microdrenagem disciplina a água das chuvas na área urbana através dos pavimentos das ruas, guias e sarjetas, bocas de lobo, poços de visita etc. Já a macrodrenagem é compreendida por canais que recebem as águas da microdrenagem e são responsáveis pelo escoamento final das águas através dos canais naturais ou artificiais, galerias pluviais, igarapés, córregos, rios e grandes dispositivos de drenagem”, salienta Fernanda.
No Brasil, 24,5% dos municípios informaram ter soluções baseadas na natureza como estratégias de drenagem sustentáveis, enquanto 57,5% não tinham e 18,0% não souberam informar.
“Soluções baseadas na natureza são abordagens para resolver desafios sociais, econômicos e ambientais usando processos e elementos naturais de forma sustentável. Como essa pergunta é uma inovação na pesquisa, também foi importante a opção ‘Não sabe’, pois a desinformação também é informação nesse caso, as vezes nem se sabe que uma estrutura dessa é um equipamento de drenagem sustentável”, destaca a gerente da pesquisa.
Com o objetivo de mapear as ações de manejo de águas pluviais voltadas para a drenagem sustentável, foi questionado ao informante se adotava alguma das Soluções Baseadas na Natureza: alagados construídos (wetlands); corredores verdes urbanos (greenways); ruas verdes (green streets); canteiros pluviais; jardins de chuva; bioengenharia de solos ou engenharia natural; parques lineares urbanos; e valas de infiltração.
Os tipos de infraestruturas verdes que predominaram no país em 2023, segundo informações dos órgãos gestores do serviço de manejo de águas pluviais, foram as valas de infiltração (40,8%), seguidas pelos parques urbanos (35,3%). Os municípios podem informar a adoção demais de uma solução baseada na natureza.
A pesquisa também investigou possíveis motivos e dificuldades que os municípios estariam enfrentando para implementar as Soluções Baseadas na Natureza, sendo que os informantes puderam registrar mais de uma resposta.
A falta de incentivos financeiros/fiscais e/ou previsão orçamentária foi a maior dificuldade relatada, informada por 2.872 municípios. Áreas construídas consolidadas (áreas urbanizadas densas ou ocupadas há mais de 10 anos) foram relatadas por 2.296 municípios, ocupando o segundo lugar em dificuldades para expansão ou implementação de drenagem sustentável.
Falta de pessoal qualificado (2.162) e ausência de legislação (2.152) seguem a lista.
Proporção de municípios com Política de Saneamento Básico cresce de 38,2% em 2017 para 55,9% em 2023
Em 2023, 3.112 municípios (55,9%) informaram contar com Política Municipal de Saneamento Básico finalizada, número significativamente superior aos 2.126 (38,2%) com a mesma informação em 2017. Já 833 municipalidades (15,0%) declararam estar em processo de elaboração de sua respectiva política. Em 2017, esses eram 1.342 (24,1%).
Em todas as classes de tamanho da população dos municípios, mais da metade informou ter concluído a elaboração desta política. Os 1 370 municípios com mais de 10 000 a 20.000 habitantes teve o menor percentual dos com Política (51,1%) e o maior dos com a política em elaboração (17,3%).
“Para efeito de se obter percentuais mais substantivos e garantir maior base à análise foram combinados os números de municípios com política existente e em elaboração e, na comparação dos períodos, é possível concluir que os municípios brasileiros foram capazes de seguir produzindo suas Políticas Municipais de Saneamento Básico em bases regulares de 2017 até 2023”, complementa a gerente.
69,1% dos municípios forneciam o à informação e participação dos usuários no serviço de saneamento básico
Em relação ao o à informação e participação do usuário, a pesquisa contou com três perguntas no questionário: se tinha sistema público de informação sobre os serviços de saneamento; se tinha ouvidoria; e se tinha central de atendimento ao cidadão para o recebimento de reclamações ou manifestações sobre os serviços de saneamento. Em 69,1% dos municípios brasileiros, o gestor informou a existência de pelo menos um dos três serviços citados.
30,8% das municipalidades tinham Política Municipal de Educação Ambiental
Em relação à Política Municipal de Educação Ambiental, observou-se que essa política enfrentou uma significativa falta de representação nos municípios, pois a pesquisa registrou que, em 2023, havia 1.120 municípios com ela em vigor, 597 com a mesma em elaboração e 3.848 cidades não a possuíam e tampouco a estavam construindo.
Portanto, apenas 30,8% das istrações municipais brasileiras afirmaram ter concluído o processo para emissão desse documento ou estar com ele em elaboração.
Entre as regiões, é interessante observar que no somatório de municípios com Política Municipal de Educação Ambiental existente e em elaboração, o menor percentual se localizou no Sul do país (20,9%), sendo ainda menor naqueles com até 5.000 habitantes (13,8%), que representam a maior parcela de localidades da região, 37,0% do total.
A Região Nordeste tinha a segunda menor prevalência desta política nas circunstâncias conjuntas (29,0%). O Centro-Oeste se destacou com 38,1% dos seus municípios com Política Municipal de Educação Ambiental, seja com a existência da Política, ou com ela ainda em elaboração.
Mais sobre a pesquisa
O Suplemento de Saneamento da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC) 2023 apresenta informações sobre a gestão dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo de águas pluviais dos 5.570 municípios do Brasil.
Traz também informações sobre a caracterização e infraestrutura do órgão gestor do serviço de saneamento, legislação e instrumentos de gestão, soluções baseadas na natureza, coleta seletiva e catadores, logística reversa, regionalização, educação ambiental e cobrança.