/*! This file is auto-generated */ .wp-block-button__link{color:#fff;background-color:#32373c;border-radius:9999px;box-shadow:none;text-decoration:none;padding:calc(.667em + 2px) calc(1.333em + 2px);font-size:1.125em}.wp-block-file__button{background:#32373c;color:#fff;text-decoration:none} [{"@context":"https:\/\/schema.org\/","@type":"BlogPosting","@id":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2024\/02\/19\/pesquisadores-realizam-inventario-da-fauna-do-parque-estadual-morro-do-chapeu\/#BlogPosting","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2024\/02\/19\/pesquisadores-realizam-inventario-da-fauna-do-parque-estadual-morro-do-chapeu\/","inLanguage":"pt-BR","mainEntityOfPage":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2024\/02\/19\/pesquisadores-realizam-inventario-da-fauna-do-parque-estadual-morro-do-chapeu\/","headline":"Pesquisadores realizam invent\u00e1rio da fauna do Parque Estadual Morro do Chap\u00e9u","description":"Pesquisadores e estudantes da UFRB, executaram um invent\u00e1rio dos mam\u00edferos existentes no Parque Estadual Morro do Chap\u00e9u","articleBody":"Pesquisadores e estudantes de gradua\u00e7\u00e3o da Universidade Federal do Rec\u00f4ncavo da Bahia (UFRB), juntos a parceiros associados, executaram um invent\u00e1rio dos mam\u00edferos de m\u00e9dio e grande porte existentes no Parque Estadual Morro do Chap\u00e9u (PEMC) e seu entorno. A regi\u00e3o, de 46 mil hectares, \u00e9 rica em biodiversidade e considerada Unidade de Conserva\u00e7\u00e3o de Prote\u00e7\u00e3o Integral de istra\u00e7\u00e3o estadual. Morro do Chap\u00e9u \u00e9 um munic\u00edpio situado a 384 km de Salvador, na zona oriental da Chapada Diamantina. O levantamento dos mam\u00edferos buscou relacionar a presen\u00e7a das esp\u00e9cies aos tipos de ambiente, indicando poss\u00edveis rela\u00e7\u00f5es entre maior ou menor ocorr\u00eancia em \u00e1reas antropizadas do parque e do seu entorno, com presen\u00e7a de usinas e\u00f3licas. \u00c1reas antropizadas s\u00e3o \u00e1reas cujas caracter\u00edsticas originais foram alteradas pela ocupa\u00e7\u00e3o humana, com o exerc\u00edcio de atividades sociais, econ\u00f4micas e culturais sobre o ambiente. O PEMC e seu entorno possuem remanescentes de Caatinga, Cerrado e Campo Rupestre, ambientes de diversas esp\u00e9cies animais e vegetais nativas e em risco de extin\u00e7\u00e3o, com destaque para o beija-flor-gravatinha-vermelha, p\u00e1ssaro s\u00f3 encontrado nos campos rupestres da Chapada Diamantina. A regi\u00e3o da Chapada sofre diversos impactos ambientais, decorrentes de a\u00e7\u00f5es humanas que v\u00e3o desde a produ\u00e7\u00e3o de energia e\u00f3lica at\u00e9 o abate ilegal de animais silvestres. Essa foi a realidade encontrada pelos pesquisadores da UFRB vinculados ao Centro de Ci\u00eancias Agr\u00e1rias, Ambientais e Biol\u00f3gicas (CCAAB), ao iniciarem o processo de invent\u00e1rio do PEMC e seu entorno. Para produzir o invent\u00e1rio, a equipe da UFRB e seus colaboradores instalaram, em \u00e1rvores, c\u00e2meras trap (equipamento que captura apenas o registro dos animais em v\u00eddeo ou foto), para catalogar as esp\u00e9cies em diferentes tipos de vegeta\u00e7\u00e3o. Essas informa\u00e7\u00f5es foram complementadas pelo registro de vest\u00edgios de pegadas, carca\u00e7as e fezes, al\u00e9m de entrevistas com moradores sobre animais vistos na regi\u00e3o. As imagens capturadas pelas c\u00e2meras serviram para criar a p\u00e1gina Bichos do Morro, destinado \u00e0 divulga\u00e7\u00e3o cient\u00edfica da fauna de vertebrados do PEMC, com \u00eanfase para os mam\u00edferos de m\u00e9dio e grande porte. A presen\u00e7a dos pesquisadores em campo e a repercuss\u00e3o das descobertas na m\u00eddia social despertaram o interesse e o apoio formal do Minist\u00e9rio P\u00fablico da Bahia (MP-BA), por meio do Programa Biomas da Bahia e da Promotoria de Justi\u00e7a Especializada em Meio Ambiente (sede em Jacobina); da Prefeitura de Morro do Chap\u00e9u; do Instituto do Meio Ambiente e Recursos H\u00eddricos do Estado da Bahia (INEMA); do Instituto \u00c1gua Boa; e do Instituto Pr\u00f3-Carn\u00edvoros, por meio do Programa Amigos da On\u00e7a. \"Todas essas entidades nos ajudaram com apoio log\u00edstico ou doa\u00e7\u00e3o e empr\u00e9stimo de equipamentos\", afirma Gustavo Luis Schacht, professor e um dos coordenadores da pesquisa. O projeto recebeu bolsas para estudantes provenientes do Programa Institucional de Bolsas de Inicia\u00e7\u00e3o Cient\u00edfica (PIBIC) e do Programa Institucional de Bolsas de Extens\u00e3o (PIBEX), esta, respons\u00e1vel pelo conte\u00fado digital do @BichosdoMorro. Participam da pesquisa, al\u00e9m do professor Gustavo, o professor Vanderlei da Concei\u00e7\u00e3o Veloso J\u00fanior (tamb\u00e9m coordenador), as estudantes P\u00e2mella dos Santos e Lorrane Vieira, do curso de gradua\u00e7\u00e3o em Bacharelado Interdisciplinar em Ci\u00eancias Ambientais (BCA); as estudantes Pietra Martins e Tainara Pereira, do Bacharelado em Biologia; e os bi\u00f3logos parceiros Carolina Esteves e Lucas Romano. https:\/\/www.instagram.com\/p\/CZqAJ5gJ836\/ Esp\u00e9cies encontradas e amea\u00e7adas Ap\u00f3s a instala\u00e7\u00e3o das c\u00e2meras trap em \u00e1rvores, s\u00e3o feitas visitas regulares a esses equipamentos para coletar os dados armazenados e realizar as manuten\u00e7\u00f5es necess\u00e1rias. Os dados coletados s\u00e3o trazidos para a UFRB, Campus Cruz das Almas, onde os pesquisadores e estudantes realizam o processo de triagem e identifica\u00e7\u00e3o das esp\u00e9cies registradas nas imagens. O projeto conseguiu registrar um total de 28 esp\u00e9cies, com uma descoberta sobre a morfologia do Veado Catingueiro. Os dados levantados est\u00e3o em prepara\u00e7\u00e3o para publica\u00e7\u00e3o, segundo Gustavo, pois n\u00e3o h\u00e1 ainda lista publicada das esp\u00e9cies do Morro do Chap\u00e9u. Entre as 28 esp\u00e9cies de animais identificadas, est\u00e3o Cachorro-do-mato, Jaritataca, Veado-Catingueiro, Moc\u00f3, Jaguatirica, Guaxinins da esp\u00e9cie M\u00e3o-pelada, Cutia, On\u00e7a-parda, Fur\u00e3o, Caititu, Gato-mourisco, Tatu-bola e Gato-do-mato-pequeno, o menor dos gatos malhados da Am\u00e9rica do Sul, entre outros. \"Destaco Tatu-bola e Gato-do-Mato-Pequeno, pois s\u00e3o esp\u00e9cies em perigo de extin\u00e7\u00e3o e com baixo n\u00famero de registros\", explica Gustavo. \"Infelizmente tamb\u00e9m temos registrado alto \u00edndice de ca\u00e7adores nas \u00e1reas estudadas, o que evidencia ainda mais a import\u00e2ncia de conhecermos e preservarmos essa biodiversidade\", alerta o pesquisador. Ainda segundo Gustavo, al\u00e9m do n\u00famero de esp\u00e9cies, \"outro fato importante foi o registro (tamb\u00e9m em vias de publica\u00e7\u00e3o cient\u00edfica) de uma altera\u00e7\u00e3o anat\u00f4mica no Veado-Catingueiro, esp\u00e9cie comumente registrada no projeto\". O pesquisador detalha que \"os registros mostraram que, para um ponto espec\u00edfico inventariado, um alto percentual dos indiv\u00edduos machos est\u00e1 com os chifres bifurcados, o que n\u00e3o \u00e9 comum para a esp\u00e9cie. Esta \u00e9 uma informa\u00e7\u00e3o nova para a ci\u00eancia, e que estamos discutindo junto com especialistas, para pensarmos no desdobramento desta frente do projeto\". Os resultados encontrados at\u00e9 ent\u00e3o s\u00e3o objeto de palestras, projetos de educa\u00e7\u00e3o ambiental e divulga\u00e7\u00e3o cient\u00edfica, entrevistas, mesas redondas e programas da m\u00eddia. O projeto tamb\u00e9m foi contemplado por edital da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ci\u00eancia. RPPN e mais descobertas Reserva Particular do Patrim\u00f4nio Natural (RPPN) \u00e9 uma \u00e1rea protegida que \u00e9 istrada n\u00e3o pelo poder p\u00fablico, mas por particulares interessados na conserva\u00e7\u00e3o ambiental. Foi a partir de 2023 que o projeto ou a inventariar tamb\u00e9m o entorno do PEMC, especialmente dentro das suas tr\u00eas RPPNs. Para Gustavo, o n\u00famero de esp\u00e9cies a serem registradas tende a crescer ao longo das pr\u00f3ximas coletas nas tr\u00eas reservas. Atualmente, os pesquisadores e estudantes da UFRB est\u00e3o fazendo o levantamento dentro da RPPN Lagoa da Velha - Fazenda Martim Afonso, com apoio do produtor e bi\u00f3logo Edgard Navarro, propriet\u00e1rio rural. O trabalho da equipe da Universidade foi tema de uma reportagem do jornal digital \"O Estado de S. Paulo\". A reportagem \"Programa incentiva fazendeiros a criarem reservas ambientais particulares na Bahia\", publicada em 26 de janeiro de 2024, descreve resultados preliminares de a\u00e7\u00f5es do projeto da UFRB dentro da referida RPPN. O projeto est\u00e1 ando por mudan\u00e7as, conforme destaca Gustavo. \"Estamos ando de um invent\u00e1rio para um monitoramento, que pretendemos manter em m\u00e9dio e longo prazo, especialmente para entender a din\u00e2mica da fauna local em um cen\u00e1rio de expans\u00e3o da energia e\u00f3lica na regi\u00e3o\", afirmou. Parque Estadual Morro do Chap\u00e9u O Parque Estadual Morro do Chap\u00e9u, o primeiro da Bahia, integra o Sistema Nacional de Unidades de Conserva\u00e7\u00e3o (SNUC) na categoria de Unidade de Conserva\u00e7\u00e3o de Prote\u00e7\u00e3o Integral. Devido \u00e0 riqueza biol\u00f3gica, a regi\u00e3o do Morro do Chap\u00e9u foi classificada pelo Minist\u00e9rio do Meio Ambiente como de import\u00e2ncia extremamente alta para a conserva\u00e7\u00e3o da biodiversidade. Foram recomendadas como a\u00e7\u00f5es priorit\u00e1rias a manuten\u00e7\u00e3o das Unidades de Conserva\u00e7\u00e3o ali existentes \u2013 como o Parque Estadual Morro do Chap\u00e9u e o Monumento Natural Cachoeira do Ferro Doido \u2013, a recupera\u00e7\u00e3o das \u00e1reas degradadas e a forma\u00e7\u00e3o de corredores ecol\u00f3gicos. Al\u00e9m dos aspectos biol\u00f3gicos, o parque foi criado em fun\u00e7\u00e3o da exist\u00eancia dos s\u00edtios arqueol\u00f3gicos das Lajes e das Serras Isabel Dias, das Carna\u00fabas, do Estreito e do Badeco, com pinturas rupestres, alguns j\u00e1 s\u00e3o cadastrados pelo Instituto do Patrim\u00f4nio Hist\u00f3rico e Art\u00edstico Nacional (IPHAN).","keywords":"Morro do Chap\u00e9u, UFRB, ","datePublished":"2024-02-19T20:25:46-03:00","dateModified":"2024-02-19T20:25:46-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Dayana Rubem","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/author\/dayana-rubem\/","sameAs":[],"image":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/172e9fabb27b77463035b9596fa7123344f36991d84b5aed3dde789b921efc09?s=96&d=mm&r=g","height":96,"width":96}},"editor":{"@type":"Person","name":"Dayana Rubem","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/author\/dayana-rubem\/","sameAs":[],"image":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/172e9fabb27b77463035b9596fa7123344f36991d84b5aed3dde789b921efc09?s=96&d=mm&r=g","height":96,"width":96}},"publisher":{"@type":"Organization","name":"Ag\u00eancia Sert\u00e3o","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com","logo":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2020\/12\/Logo-Agencia-Sertao-160x60-1.png","width":"160","height":"50"}},"image":[{"@type":"ImageObject","@id":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2024\/02\/19\/pesquisadores-realizam-inventario-da-fauna-do-parque-estadual-morro-do-chapeu\/#primaryimage","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2024\/02\/agencia-sertao-pesquisadores-realizam-inventario-da-fauna-do-parque-estadual-morro-do-chapeu-1200x732.jpg","width":"1200","height":"732","caption":"agencia-sertao-pesquisadores-realizam-inventario-da-fauna-do-parque-estadual-morro-do-chapeu"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2024\/02\/agencia-sertao-pesquisadores-realizam-inventario-da-fauna-do-parque-estadual-morro-do-chapeu-1200x900.jpg","width":"1200","height":"900","caption":"agencia-sertao-pesquisadores-realizam-inventario-da-fauna-do-parque-estadual-morro-do-chapeu"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2024\/02\/agencia-sertao-pesquisadores-realizam-inventario-da-fauna-do-parque-estadual-morro-do-chapeu-1200x675.jpg","width":"1200","height":"675","caption":"agencia-sertao-pesquisadores-realizam-inventario-da-fauna-do-parque-estadual-morro-do-chapeu"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2024\/02\/agencia-sertao-pesquisadores-realizam-inventario-da-fauna-do-parque-estadual-morro-do-chapeu-732x732.jpg","width":"732","height":"732","caption":"agencia-sertao-pesquisadores-realizam-inventario-da-fauna-do-parque-estadual-morro-do-chapeu"}]}, {"@context":"https:\/\/schema.org\/","@type":"NewsArticle","@id":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2024\/02\/19\/pesquisadores-realizam-inventario-da-fauna-do-parque-estadual-morro-do-chapeu\/#newsarticle","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2024\/02\/19\/pesquisadores-realizam-inventario-da-fauna-do-parque-estadual-morro-do-chapeu\/","headline":"Pesquisadores realizam invent\u00e1rio da fauna do Parque Estadual Morro do Chap\u00e9u","mainEntityOfPage":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2024\/02\/19\/pesquisadores-realizam-inventario-da-fauna-do-parque-estadual-morro-do-chapeu\/","datePublished":"2024-02-19T20:25:46-03:00","dateModified":"2024-02-19T20:25:46-03:00","description":"Pesquisadores e estudantes da UFRB, executaram um invent\u00e1rio dos mam\u00edferos existentes no Parque Estadual Morro do Chap\u00e9u","articleSection":"Regi\u00e3o de Irec\u00ea","articleBody":"Pesquisadores e estudantes de gradua\u00e7\u00e3o da Universidade Federal do Rec\u00f4ncavo da Bahia (UFRB), juntos a parceiros associados, executaram um invent\u00e1rio dos mam\u00edferos de m\u00e9dio e grande porte existentes no Parque Estadual Morro do Chap\u00e9u (PEMC) e seu entorno. A regi\u00e3o, de 46 mil hectares, \u00e9 rica em biodiversidade e considerada Unidade de Conserva\u00e7\u00e3o de Prote\u00e7\u00e3o Integral de istra\u00e7\u00e3o estadual. Morro do Chap\u00e9u \u00e9 um munic\u00edpio situado a 384 km de Salvador, na zona oriental da Chapada Diamantina. O levantamento dos mam\u00edferos buscou relacionar a presen\u00e7a das esp\u00e9cies aos tipos de ambiente, indicando poss\u00edveis rela\u00e7\u00f5es entre maior ou menor ocorr\u00eancia em \u00e1reas antropizadas do parque e do seu entorno, com presen\u00e7a de usinas e\u00f3licas. \u00c1reas antropizadas s\u00e3o \u00e1reas cujas caracter\u00edsticas originais foram alteradas pela ocupa\u00e7\u00e3o humana, com o exerc\u00edcio de atividades sociais, econ\u00f4micas e culturais sobre o ambiente. O PEMC e seu entorno possuem remanescentes de Caatinga, Cerrado e Campo Rupestre, ambientes de diversas esp\u00e9cies animais e vegetais nativas e em risco de extin\u00e7\u00e3o, com destaque para o beija-flor-gravatinha-vermelha, p\u00e1ssaro s\u00f3 encontrado nos campos rupestres da Chapada Diamantina. A regi\u00e3o da Chapada sofre diversos impactos ambientais, decorrentes de a\u00e7\u00f5es humanas que v\u00e3o desde a produ\u00e7\u00e3o de energia e\u00f3lica at\u00e9 o abate ilegal de animais silvestres. Essa foi a realidade encontrada pelos pesquisadores da UFRB vinculados ao Centro de Ci\u00eancias Agr\u00e1rias, Ambientais e Biol\u00f3gicas (CCAAB), ao iniciarem o processo de invent\u00e1rio do PEMC e seu entorno. Para produzir o invent\u00e1rio, a equipe da UFRB e seus colaboradores instalaram, em \u00e1rvores, c\u00e2meras trap (equipamento que captura apenas o registro dos animais em v\u00eddeo ou foto), para catalogar as esp\u00e9cies em diferentes tipos de vegeta\u00e7\u00e3o. Essas informa\u00e7\u00f5es foram complementadas pelo registro de vest\u00edgios de pegadas, carca\u00e7as e fezes, al\u00e9m de entrevistas com moradores sobre animais vistos na regi\u00e3o. As imagens capturadas pelas c\u00e2meras serviram para criar a p\u00e1gina Bichos do Morro, destinado \u00e0 divulga\u00e7\u00e3o cient\u00edfica da fauna de vertebrados do PEMC, com \u00eanfase para os mam\u00edferos de m\u00e9dio e grande porte. A presen\u00e7a dos pesquisadores em campo e a repercuss\u00e3o das descobertas na m\u00eddia social despertaram o interesse e o apoio formal do Minist\u00e9rio P\u00fablico da Bahia (MP-BA), por meio do Programa Biomas da Bahia e da Promotoria de Justi\u00e7a Especializada em Meio Ambiente (sede em Jacobina); da Prefeitura de Morro do Chap\u00e9u; do Instituto do Meio Ambiente e Recursos H\u00eddricos do Estado da Bahia (INEMA); do Instituto \u00c1gua Boa; e do Instituto Pr\u00f3-Carn\u00edvoros, por meio do Programa Amigos da On\u00e7a. \"Todas essas entidades nos ajudaram com apoio log\u00edstico ou doa\u00e7\u00e3o e empr\u00e9stimo de equipamentos\", afirma Gustavo Luis Schacht, professor e um dos coordenadores da pesquisa. O projeto recebeu bolsas para estudantes provenientes do Programa Institucional de Bolsas de Inicia\u00e7\u00e3o Cient\u00edfica (PIBIC) e do Programa Institucional de Bolsas de Extens\u00e3o (PIBEX), esta, respons\u00e1vel pelo conte\u00fado digital do @BichosdoMorro. Participam da pesquisa, al\u00e9m do professor Gustavo, o professor Vanderlei da Concei\u00e7\u00e3o Veloso J\u00fanior (tamb\u00e9m coordenador), as estudantes P\u00e2mella dos Santos e Lorrane Vieira, do curso de gradua\u00e7\u00e3o em Bacharelado Interdisciplinar em Ci\u00eancias Ambientais (BCA); as estudantes Pietra Martins e Tainara Pereira, do Bacharelado em Biologia; e os bi\u00f3logos parceiros Carolina Esteves e Lucas Romano. https:\/\/www.instagram.com\/p\/CZqAJ5gJ836\/ Esp\u00e9cies encontradas e amea\u00e7adas Ap\u00f3s a instala\u00e7\u00e3o das c\u00e2meras trap em \u00e1rvores, s\u00e3o feitas visitas regulares a esses equipamentos para coletar os dados armazenados e realizar as manuten\u00e7\u00f5es necess\u00e1rias. Os dados coletados s\u00e3o trazidos para a UFRB, Campus Cruz das Almas, onde os pesquisadores e estudantes realizam o processo de triagem e identifica\u00e7\u00e3o das esp\u00e9cies registradas nas imagens. O projeto conseguiu registrar um total de 28 esp\u00e9cies, com uma descoberta sobre a morfologia do Veado Catingueiro. Os dados levantados est\u00e3o em prepara\u00e7\u00e3o para publica\u00e7\u00e3o, segundo Gustavo, pois n\u00e3o h\u00e1 ainda lista publicada das esp\u00e9cies do Morro do Chap\u00e9u. Entre as 28 esp\u00e9cies de animais identificadas, est\u00e3o Cachorro-do-mato, Jaritataca, Veado-Catingueiro, Moc\u00f3, Jaguatirica, Guaxinins da esp\u00e9cie M\u00e3o-pelada, Cutia, On\u00e7a-parda, Fur\u00e3o, Caititu, Gato-mourisco, Tatu-bola e Gato-do-mato-pequeno, o menor dos gatos malhados da Am\u00e9rica do Sul, entre outros. \"Destaco Tatu-bola e Gato-do-Mato-Pequeno, pois s\u00e3o esp\u00e9cies em perigo de extin\u00e7\u00e3o e com baixo n\u00famero de registros\", explica Gustavo. \"Infelizmente tamb\u00e9m temos registrado alto \u00edndice de ca\u00e7adores nas \u00e1reas estudadas, o que evidencia ainda mais a import\u00e2ncia de conhecermos e preservarmos essa biodiversidade\", alerta o pesquisador. Ainda segundo Gustavo, al\u00e9m do n\u00famero de esp\u00e9cies, \"outro fato importante foi o registro (tamb\u00e9m em vias de publica\u00e7\u00e3o cient\u00edfica) de uma altera\u00e7\u00e3o anat\u00f4mica no Veado-Catingueiro, esp\u00e9cie comumente registrada no projeto\". O pesquisador detalha que \"os registros mostraram que, para um ponto espec\u00edfico inventariado, um alto percentual dos indiv\u00edduos machos est\u00e1 com os chifres bifurcados, o que n\u00e3o \u00e9 comum para a esp\u00e9cie. Esta \u00e9 uma informa\u00e7\u00e3o nova para a ci\u00eancia, e que estamos discutindo junto com especialistas, para pensarmos no desdobramento desta frente do projeto\". Os resultados encontrados at\u00e9 ent\u00e3o s\u00e3o objeto de palestras, projetos de educa\u00e7\u00e3o ambiental e divulga\u00e7\u00e3o cient\u00edfica, entrevistas, mesas redondas e programas da m\u00eddia. O projeto tamb\u00e9m foi contemplado por edital da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ci\u00eancia. RPPN e mais descobertas Reserva Particular do Patrim\u00f4nio Natural (RPPN) \u00e9 uma \u00e1rea protegida que \u00e9 istrada n\u00e3o pelo poder p\u00fablico, mas por particulares interessados na conserva\u00e7\u00e3o ambiental. Foi a partir de 2023 que o projeto ou a inventariar tamb\u00e9m o entorno do PEMC, especialmente dentro das suas tr\u00eas RPPNs. Para Gustavo, o n\u00famero de esp\u00e9cies a serem registradas tende a crescer ao longo das pr\u00f3ximas coletas nas tr\u00eas reservas. Atualmente, os pesquisadores e estudantes da UFRB est\u00e3o fazendo o levantamento dentro da RPPN Lagoa da Velha - Fazenda Martim Afonso, com apoio do produtor e bi\u00f3logo Edgard Navarro, propriet\u00e1rio rural. O trabalho da equipe da Universidade foi tema de uma reportagem do jornal digital \"O Estado de S. Paulo\". A reportagem \"Programa incentiva fazendeiros a criarem reservas ambientais particulares na Bahia\", publicada em 26 de janeiro de 2024, descreve resultados preliminares de a\u00e7\u00f5es do projeto da UFRB dentro da referida RPPN. O projeto est\u00e1 ando por mudan\u00e7as, conforme destaca Gustavo. \"Estamos ando de um invent\u00e1rio para um monitoramento, que pretendemos manter em m\u00e9dio e longo prazo, especialmente para entender a din\u00e2mica da fauna local em um cen\u00e1rio de expans\u00e3o da energia e\u00f3lica na regi\u00e3o\", afirmou. Parque Estadual Morro do Chap\u00e9u O Parque Estadual Morro do Chap\u00e9u, o primeiro da Bahia, integra o Sistema Nacional de Unidades de Conserva\u00e7\u00e3o (SNUC) na categoria de Unidade de Conserva\u00e7\u00e3o de Prote\u00e7\u00e3o Integral. Devido \u00e0 riqueza biol\u00f3gica, a regi\u00e3o do Morro do Chap\u00e9u foi classificada pelo Minist\u00e9rio do Meio Ambiente como de import\u00e2ncia extremamente alta para a conserva\u00e7\u00e3o da biodiversidade. Foram recomendadas como a\u00e7\u00f5es priorit\u00e1rias a manuten\u00e7\u00e3o das Unidades de Conserva\u00e7\u00e3o ali existentes \u2013 como o Parque Estadual Morro do Chap\u00e9u e o Monumento Natural Cachoeira do Ferro Doido \u2013, a recupera\u00e7\u00e3o das \u00e1reas degradadas e a forma\u00e7\u00e3o de corredores ecol\u00f3gicos. Al\u00e9m dos aspectos biol\u00f3gicos, o parque foi criado em fun\u00e7\u00e3o da exist\u00eancia dos s\u00edtios arqueol\u00f3gicos das Lajes e das Serras Isabel Dias, das Carna\u00fabas, do Estreito e do Badeco, com pinturas rupestres, alguns j\u00e1 s\u00e3o cadastrados pelo Instituto do Patrim\u00f4nio Hist\u00f3rico e Art\u00edstico Nacional (IPHAN).","keywords":["Morro do Chap\u00e9u"," UFRB"," "],"name":"Pesquisadores realizam invent\u00e1rio da fauna do Parque Estadual Morro do Chap\u00e9u","thumbnailUrl":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2024\/02\/agencia-sertao-pesquisadores-realizam-inventario-da-fauna-do-parque-estadual-morro-do-chapeu-150x150.jpg","wordCount":"1144","timeRequired":"PT5M5S","mainEntity":{"@type":"WebPage","@id":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2024\/02\/19\/pesquisadores-realizam-inventario-da-fauna-do-parque-estadual-morro-do-chapeu\/"},"author":{"@type":"Person","name":"Dayana Rubem","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/author\/dayana-rubem\/","sameAs":[],"image":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/172e9fabb27b77463035b9596fa7123344f36991d84b5aed3dde789b921efc09?s=96&d=mm&r=g","height":96,"width":96}},"editor":{"@type":"Person","name":"Dayana Rubem","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/author\/dayana-rubem\/","sameAs":[],"image":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/172e9fabb27b77463035b9596fa7123344f36991d84b5aed3dde789b921efc09?s=96&d=mm&r=g","height":96,"width":96}},"publisher":{"@type":"Organization","name":"Ag\u00eancia Sert\u00e3o","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com","logo":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2020\/12\/Logo-Agencia-Sertao-160x60-1.png","width":"160","height":"50"}},"image":[{"@type":"ImageObject","@id":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2024\/02\/19\/pesquisadores-realizam-inventario-da-fauna-do-parque-estadual-morro-do-chapeu\/#primaryimage","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2024\/02\/agencia-sertao-pesquisadores-realizam-inventario-da-fauna-do-parque-estadual-morro-do-chapeu-1200x732.jpg","width":"1200","height":"732","caption":"agencia-sertao-pesquisadores-realizam-inventario-da-fauna-do-parque-estadual-morro-do-chapeu"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2024\/02\/agencia-sertao-pesquisadores-realizam-inventario-da-fauna-do-parque-estadual-morro-do-chapeu-1200x900.jpg","width":"1200","height":"900","caption":"agencia-sertao-pesquisadores-realizam-inventario-da-fauna-do-parque-estadual-morro-do-chapeu"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2024\/02\/agencia-sertao-pesquisadores-realizam-inventario-da-fauna-do-parque-estadual-morro-do-chapeu-1200x675.jpg","width":"1200","height":"675","caption":"agencia-sertao-pesquisadores-realizam-inventario-da-fauna-do-parque-estadual-morro-do-chapeu"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2024\/02\/agencia-sertao-pesquisadores-realizam-inventario-da-fauna-do-parque-estadual-morro-do-chapeu-732x732.jpg","width":"732","height":"732","caption":"agencia-sertao-pesquisadores-realizam-inventario-da-fauna-do-parque-estadual-morro-do-chapeu"}]}]
back to top
29.3 C
Guanambi
21.8 C
Vitória da Conquista

Pesquisadores realizam inventário da fauna do Parque Estadual Morro do Chapéu

Mais Lidas

Pesquisadores e estudantes de graduação da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), juntos a parceiros associados, executaram um inventário dos mamíferos de médio e grande porte existentes no Parque Estadual Morro do Chapéu (PEMC) e seu entorno. A região, de 46 mil hectares, é rica em biodiversidade e considerada Unidade de Conservação de Proteção Integral de istração estadual. Morro do Chapéu é um município situado a 384 km de Salvador, na zona oriental da Chapada Diamantina.

O levantamento dos mamíferos buscou relacionar a presença das espécies aos tipos de ambiente, indicando possíveis relações entre maior ou menor ocorrência em áreas antropizadas do parque e do seu entorno, com presença de usinas eólicas. Áreas antropizadas são áreas cujas características originais foram alteradas pela ocupação humana, com o exercício de atividades sociais, econômicas e culturais sobre o ambiente.

O PEMC e seu entorno possuem remanescentes de Caatinga, Cerrado e Campo Rupestre, ambientes de diversas espécies animais e vegetais nativas e em risco de extinção, com destaque para o beija-flor-gravatinha-vermelha, pássaro só encontrado nos campos rupestres da Chapada Diamantina.

A região da Chapada sofre diversos impactos ambientais, decorrentes de ações humanas que vão desde a produção de energia eólica até o abate ilegal de animais silvestres. Essa foi a realidade encontrada pelos pesquisadores da UFRB vinculados ao Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas (CCAAB), ao iniciarem o processo de inventário do PEMC e seu entorno.

Para produzir o inventário, a equipe da UFRB e seus colaboradores instalaram, em árvores, câmeras trap (equipamento que captura apenas o registro dos animais em vídeo ou foto), para catalogar as espécies em diferentes tipos de vegetação. Essas informações foram complementadas pelo registro de vestígios de pegadas, carcaças e fezes, além de entrevistas com moradores sobre animais vistos na região.

As imagens capturadas pelas câmeras serviram para criar a página Bichos do Morro, destinado à divulgação científica da fauna de vertebrados do PEMC, com ênfase para os mamíferos de médio e grande porte.

A presença dos pesquisadores em campo e a repercussão das descobertas na mídia social despertaram o interesse e o apoio formal do Ministério Público da Bahia (MP-BA), por meio do Programa Biomas da Bahia e da Promotoria de Justiça Especializada em Meio Ambiente (sede em Jacobina); da Prefeitura de Morro do Chapéu; do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado da Bahia (INEMA); do Instituto Água Boa; e do Instituto Pró-Carnívoros, por meio do Programa Amigos da Onça. “Todas essas entidades nos ajudaram com apoio logístico ou doação e empréstimo de equipamentos”, afirma Gustavo Luis Schacht, professor e um dos coordenadores da pesquisa.

O projeto recebeu bolsas para estudantes provenientes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e do Programa Institucional de Bolsas de Extensão (PIBEX), esta, responsável pelo conteúdo digital do @BichosdoMorro.

Participam da pesquisa, além do professor Gustavo, o professor Vanderlei da Conceição Veloso Júnior (também coordenador), as estudantes Pâmella dos Santos e Lorrane Vieira, do curso de graduação em Bacharelado Interdisciplinar em Ciências Ambientais (BCA); as estudantes Pietra Martins e Tainara Pereira, do Bacharelado em Biologia; e os biólogos parceiros Carolina Esteves e Lucas Romano.

Espécies encontradas e ameaçadas

Após a instalação das câmeras trap em árvores, são feitas visitas regulares a esses equipamentos para coletar os dados armazenados e realizar as manutenções necessárias. Os dados coletados são trazidos para a UFRB, Campus Cruz das Almas, onde os pesquisadores e estudantes realizam o processo de triagem e identificação das espécies registradas nas imagens.

O projeto conseguiu registrar um total de 28 espécies, com uma descoberta sobre a morfologia do Veado Catingueiro. Os dados levantados estão em preparação para publicação, segundo Gustavo, pois não há ainda lista publicada das espécies do Morro do Chapéu.

Entre as 28 espécies de animais identificadas, estão Cachorro-do-mato, Jaritataca, Veado-Catingueiro, Mocó, Jaguatirica, Guaxinins da espécie Mão-pelada, Cutia, Onça-parda, Furão, Caititu, Gato-mourisco, Tatu-bola e Gato-do-mato-pequeno, o menor dos gatos malhados da América do Sul, entre outros. “Destaco Tatu-bola e Gato-do-Mato-Pequeno, pois são espécies em perigo de extinção e com baixo número de registros”, explica Gustavo. “Infelizmente também temos registrado alto índice de caçadores nas áreas estudadas, o que evidencia ainda mais a importância de conhecermos e preservarmos essa biodiversidade”, alerta o pesquisador.

Ainda segundo Gustavo, além do número de espécies, “outro fato importante foi o registro (também em vias de publicação científica) de uma alteração anatômica no Veado-Catingueiro, espécie comumente registrada no projeto”. O pesquisador detalha que “os registros mostraram que, para um ponto específico inventariado, um alto percentual dos indivíduos machos está com os chifres bifurcados, o que não é comum para a espécie. Esta é uma informação nova para a ciência, e que estamos discutindo junto com especialistas, para pensarmos no desdobramento desta frente do projeto”.

Os resultados encontrados até então são objeto de palestras, projetos de educação ambiental e divulgação científica, entrevistas, mesas redondas e programas da mídia. O projeto também foi contemplado por edital da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.

RPPN e mais descobertas

Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) é uma área protegida que é istrada não pelo poder público, mas por particulares interessados na conservação ambiental. Foi a partir de 2023 que o projeto ou a inventariar também o entorno do PEMC, especialmente dentro das suas três RPPNs.

Para Gustavo, o número de espécies a serem registradas tende a crescer ao longo das próximas coletas nas três reservas. Atualmente, os pesquisadores e estudantes da UFRB estão fazendo o levantamento dentro da RPPN Lagoa da Velha – Fazenda Martim Afonso, com apoio do produtor e biólogo Edgard Navarro, proprietário rural. O trabalho da equipe da Universidade foi tema de uma reportagem do jornal digital “O Estado de S. Paulo”. A reportagem “Programa incentiva fazendeiros a criarem reservas ambientais particulares na Bahia”, publicada em 26 de janeiro de 2024, descreve resultados preliminares de ações do projeto da UFRB dentro da referida RPPN.

O projeto está ando por mudanças, conforme destaca Gustavo. “Estamos ando de um inventário para um monitoramento, que pretendemos manter em médio e longo prazo, especialmente para entender a dinâmica da fauna local em um cenário de expansão da energia eólica na região”, afirmou.

Parque Estadual Morro do Chapéu

O Parque Estadual Morro do Chapéu, o primeiro da Bahia, integra o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) na categoria de Unidade de Conservação de Proteção Integral. Devido à riqueza biológica, a região do Morro do Chapéu foi classificada pelo Ministério do Meio Ambiente como de importância extremamente alta para a conservação da biodiversidade. Foram recomendadas como ações prioritárias a manutenção das Unidades de Conservação ali existentes – como o Parque Estadual Morro do Chapéu e o Monumento Natural Cachoeira do Ferro Doido –, a recuperação das áreas degradadas e a formação de corredores ecológicos.

Além dos aspectos biológicos, o parque foi criado em função da existência dos sítios arqueológicos das Lajes e das Serras Isabel Dias, das Carnaúbas, do Estreito e do Badeco, com pinturas rupestres, alguns já são cadastrados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Notícias Relacionadas

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Últimas