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O empres\u00e1rio apelou da senten\u00e7a do Ju\u00edzo Federal que o condenou a dois anos e dois meses de deten\u00e7\u00e3o em regime aberto e, ainda, \u00e0 repara\u00e7\u00e3o dos danos causados no valor de R$ 1.010.736,00. Ele alegou atipicidade da conduta, uma vez que a empresa, na data da autua\u00e7\u00e3o, n\u00e3o estava comercializando min\u00e9rios, mas sim a extra\u00e7\u00e3o para fins de pesquisa, autorizada pelo pr\u00f3prio Departamento Nacional de Produ\u00e7\u00e3o Mineral (DNPM). Ressaltou, tamb\u00e9m, que em janeiro de 2006 foi liberada a Guia de Utiliza\u00e7\u00e3o em favor da empresa, permitindo, assim, a comercializa\u00e7\u00e3o do min\u00e9rio de modo economicamente exequ\u00edvel. Ao analisar o processo, o relator, desembargador federal Le\u00e3o Alves, afirmou que, em princ\u00edpio, a conduta esperada pelo ordenamento jur\u00eddico seria a de que o acusado aguardasse a autoriza\u00e7\u00e3o para depois come\u00e7ar a extra\u00e7\u00e3o do min\u00e9rio e n\u00e3o come\u00e7asse a extra\u00e7\u00e3o do min\u00e9rio sem a autoriza\u00e7\u00e3o, que poderia ou n\u00e3o ser concedida para o in\u00edcio da atividade. Segundo o magistrado, \"em verdade, a concess\u00e3o de licen\u00e7a para comercializa\u00e7\u00e3o de min\u00e9rio cuja pesquisa j\u00e1 vinha sendo desenvolvida com amparo legal implica regulariza\u00e7\u00e3o da atividade, de forma retroativa, deixando de existir os crimes e fazendo incidir, em tais circunst\u00e2ncias, por analogia in bonan partem, mudando o que deve ser mudado (mutatis mutandis), o preceito do art. 2\u00ba do C\u00f3digo Penal\u201d. Acrescentou o desembargador que \u201cningu\u00e9m pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execu\u00e7\u00e3o e os efeitos penais da senten\u00e7a condenat\u00f3ria\u201d. Assim, a 4\u00aa Turma, deu provimento \u00e0 apela\u00e7\u00e3o do empres\u00e1rio, nos termos do voto do relator, julgando improcedente a a\u00e7\u00e3o penal e absolvendo o acusado, ficando prejudicada a apela\u00e7\u00e3o do Minist\u00e9rio P\u00fablico Federal (MPF).","keywords":["Minera\u00e7\u00e3o"," Not\u00edcias de Guanambi"," Oliveira dos Brejinhos"," "],"name":"Empres\u00e1rio condenado pela Justi\u00e7a de Guanambi por extra\u00e7\u00e3o mineral sem autoriza\u00e7\u00e3o foi absolvido pelo TRF1","thumbnailUrl":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2023\/06\/quartizito-150x150.jpg","wordCount":"364","timeRequired":"PT1M37S","mainEntity":{"@type":"WebPage","@id":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2023\/06\/16\/empresario-condenado-pela-justica-de-guanambi-por-extracao-de-minerio-sem-autorizacao-foi-absolvido-pelo-trf1\/"},"author":{"@type":"Person","name":"Tiago Marques","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/author\/tiagospf\/","sameAs":["https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wordpress","https:\/\/www.facebook.com\/tiagomarquesv","https:\/\/www.twitter.com\/tiagomarques_\/","https:\/\/www.instagram.com\/tiagomarques_\/"],"image":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/3ba51b59f42e9d3b7588b7c5e33192c70492919ef97b1031e302a6bfac575190?s=96&d=mm&r=g","height":96,"width":96}},"editor":{"@type":"Person","name":"Tiago Marques","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/author\/tiagospf\/","sameAs":["https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wordpress","https:\/\/www.facebook.com\/tiagomarquesv","https:\/\/www.twitter.com\/tiagomarques_\/","https:\/\/www.instagram.com\/tiagomarques_\/"],"image":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/3ba51b59f42e9d3b7588b7c5e33192c70492919ef97b1031e302a6bfac575190?s=96&d=mm&r=g","height":96,"width":96}},"publisher":{"@type":"Organization","name":"Ag\u00eancia Sert\u00e3o","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com","logo":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2020\/12\/Logo-Agencia-Sertao-160x60-1.png","width":"160","height":"50"}},"image":[{"@type":"ImageObject","@id":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2023\/06\/16\/empresario-condenado-pela-justica-de-guanambi-por-extracao-de-minerio-sem-autorizacao-foi-absolvido-pelo-trf1\/#primaryimage","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2023\/06\/quartizito.jpg","width":"1280","height":"720","caption":"quartzito"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2023\/06\/quartizito-1200x900.jpg","width":"1200","height":"900","caption":"quartzito"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2023\/06\/quartizito-1200x675.jpg","width":"1200","height":"675","caption":"quartzito"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2023\/06\/quartizito-720x720.jpg","width":"720","height":"720","caption":"quartzito"}]},
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Assim, a 4\u00aa Turma, deu provimento \u00e0 apela\u00e7\u00e3o do empres\u00e1rio, nos termos do voto do relator, julgando improcedente a a\u00e7\u00e3o penal e absolvendo o acusado, ficando prejudicada a apela\u00e7\u00e3o do Minist\u00e9rio P\u00fablico Federal (MPF).","keywords":["Minera\u00e7\u00e3o"," Not\u00edcias de Guanambi"," Oliveira dos Brejinhos"," "],"name":"Empres\u00e1rio condenado pela Justi\u00e7a de Guanambi por extra\u00e7\u00e3o mineral sem autoriza\u00e7\u00e3o foi absolvido pelo TRF1","thumbnailUrl":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2023\/06\/quartizito-150x150.jpg","wordCount":"364","timeRequired":"PT1M37S","mainEntity":{"@type":"WebPage","@id":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2023\/06\/16\/empresario-condenado-pela-justica-de-guanambi-por-extracao-de-minerio-sem-autorizacao-foi-absolvido-pelo-trf1\/"},"author":{"@type":"Person","name":"Tiago Marques","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/author\/tiagospf\/","sameAs":["https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wordpress","https:\/\/www.facebook.com\/tiagomarquesv","https:\/\/www.twitter.com\/tiagomarques_\/","https:\/\/www.instagram.com\/tiagomarques_\/"],"image":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/3ba51b59f42e9d3b7588b7c5e33192c70492919ef97b1031e302a6bfac575190?s=96&d=mm&r=g","height":96,"width":96}},"editor":{"@type":"Person","name":"Tiago Marques","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/author\/tiagospf\/","sameAs":["https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wordpress","https:\/\/www.facebook.com\/tiagomarquesv","https:\/\/www.twitter.com\/tiagomarques_\/","https:\/\/www.instagram.com\/tiagomarques_\/"],"image":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/3ba51b59f42e9d3b7588b7c5e33192c70492919ef97b1031e302a6bfac575190?s=96&d=mm&r=g","height":96,"width":96}},"publisher":{"@type":"Organization","name":"Ag\u00eancia Sert\u00e3o","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com","logo":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2020\/12\/Logo-Agencia-Sertao-160x60-1.png","width":"160","height":"50"}},"image":[{"@type":"ImageObject","@id":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2023\/06\/16\/empresario-condenado-pela-justica-de-guanambi-por-extracao-de-minerio-sem-autorizacao-foi-absolvido-pelo-trf1\/#primaryimage","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2023\/06\/quartizito.jpg","width":"1280","height":"720","caption":"quartzito"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2023\/06\/quartizito-1200x900.jpg","width":"1200","height":"900","caption":"quartzito"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2023\/06\/quartizito-1200x675.jpg","width":"1200","height":"675","caption":"quartzito"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2023\/06\/quartizito-720x720.jpg","width":"720","height":"720","caption":"quartzito"}]}]
Material é usado como pedras ornamentais - Imagem Ilustrativa | A.M.M. Araújo
Um empresário, condenado pela Justiça Federal em Guanambi por promover lavra de quartzito (extração) sem autorização legal, foi considerado inocente após apelar à 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).
A condenação ocorre na qualidade de responsável pela gestão de uma mineradora no município de Oliveira dos Brejinhos/BA. De acordo com os autos, embora a empresa não tivesse a guia de utilização à época da fiscalização, a firma possuía autorização para desenvolver atividade de pesquisa e já se encontrava em andamento o processo relativo à autorização para comercialização.
O empresário apelou da sentença do Juízo Federal que o condenou a dois anos e dois meses de detenção em regime aberto e, ainda, à reparação dos danos causados no valor de R$ 1.010.736,00. Ele alegou atipicidade da conduta, uma vez que a empresa, na data da autuação, não estava comercializando minérios, mas sim a extração para fins de pesquisa, autorizada pelo próprio Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
Ressaltou, também, que em janeiro de 2006 foi liberada a Guia de Utilização em favor da empresa, permitindo, assim, a comercialização do minério de modo economicamente exequível.
Ao analisar o processo, o relator, desembargador federal Leão Alves, afirmou que, em princípio, a conduta esperada pelo ordenamento jurídico seria a de que o acusado aguardasse a autorização para depois começar a extração do minério e não começasse a extração do minério sem a autorização, que poderia ou não ser concedida para o início da atividade.
Segundo o magistrado, “em verdade, a concessão de licença para comercialização de minério cuja pesquisa já vinha sendo desenvolvida com amparo legal implica regularização da atividade, de forma retroativa, deixando de existir os crimes e fazendo incidir, em tais circunstâncias, por analogia in bonan partem, mudando o que deve ser mudado (mutatis mutandis), o preceito do art. 2º do Código Penal”. Acrescentou o desembargador que “ninguém pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória”.
Assim, a 4ª Turma, deu provimento à apelação do empresário, nos termos do voto do relator, julgando improcedente a ação penal e absolvendo o acusado, ficando prejudicada a apelação do Ministério Público Federal (MPF).