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Diferentes motiva\u00e7\u00f5es provocaram a perda consider\u00e1vel da \u00e1rea de Caatinga identificada pela iniciativa. Cerca de 10% da vegeta\u00e7\u00e3o desapareceu por causas naturais. J\u00e1 o agroneg\u00f3cio foi o grande respons\u00e1vel por extinguir trechos localizados nos munic\u00edpios do Oeste do estado. Um total de 112 munic\u00edpios da Caatinga (9%) classificados como \u00c1reas Suscet\u00edveis \u00e0 Desertifica\u00e7\u00e3o (ASD) com status Muito grave e Grave tiveram uma perda de 0,3 milh\u00f5es de hectares de vegeta\u00e7\u00e3o nativa. Isso representa cerca de 3% de toda a vegeta\u00e7\u00e3o nativa perdida entre 1985-2020 no bioma. Desse quantitativo, 0,28 milh\u00f5es de hectares foram perdidos em 45 munic\u00edpios da Para\u00edba classificados como ASD. Ao mesmo tempo, houve um decr\u00e9scimo de 8,27% na superf\u00edcie de \u00e1gua. Os dados revelam ent\u00e3o que, de forma geral, a Caatinga ficou mais seca nos \u00faltimos 36 anos. 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Mais da metade (53,6%) de toda a \u00e1rea de pastagem mapeada encontra-se na Bahia. Juntos, os estados da Bahia e Pernambuco representam cerca de 65,4% dos 20 milh\u00f5es de hectares ocupados por pastagens em 2020. Os estados do Piau\u00ed, Bahia e Cear\u00e1 respondem por cerca de 87,28% do total de \u00e1rea queimada no bioma. \u201cOs impactos das mudan\u00e7as de uso do solo s\u00e3o potencializados pela crise clim\u00e1tica e o resultado \u00e9 uma Caatinga ainda mais seca e vulner\u00e1vel\u201d, explica Rodrigo Vasconcelos da UEFS e do MapBiomas. Tamb\u00e9m chamou aten\u00e7\u00e3o dos pesquisadores o crescimento da \u00e1rea ocupada por infraestruturas urbanas, de 145% entre 1985 e 2020, ou 0,3 milh\u00e3o de hectares da Caatinga. Ao todo, a \u00e1rea urbana ocupava 0,5 milh\u00e3o de hectares em 2020. 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O coordenador da equipe de Caatinga da iniciativa do MapBiomas, Washington Franca, afirma que h\u00e1 uma neglig\u00eancia quanto a promo\u00e7\u00e3o de pol\u00edticas ambientais. \u201cOs n\u00fameros que estamos levantando acendem um sinal de alerta. Al\u00e9m desta amplia\u00e7\u00e3o na degrada\u00e7\u00e3o, associa-se a isso o fato de que \u00e9 o bioma com o menor percentual de \u00e1reas protegidas, se comparado aos outros\u201d, alega. 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Um levantamento feito pelo MapBiomas, e divulgado nesta quarta-feira (6), revelou que as mudanças na cobertura de solo nas últimas três décadas estão agravando o risco de desertificação de partes da Caatinga. Das dez cidades mais afetadas pela retração do bioma, oito estão na Bahia. O levantamento reuniu imagens de satélite da região entre os anos de 1985 e 2020.
No estado, a perda de vegetação primária no período observado totalizou 15 milhões de hectares, ou uma retração de 26,36%. Fazem parte dessa lista de cidades que mais tiveram trechos suprimidos os seguintes municípios baianos: Campo Formoso, Serra do Ramalho, Bom Jesus da Lapa, Itaberaba, Rodelas, Macururé, Queimadas e Jeremoabo.
“Monitoramos 36 anos de observação, no Brasil inteiro, da Caatinga. Usamos métodos científicos, validados. E durante esse tempo, fizemos esse balanço do que ocorreu de transformação”, elenca Washington Franca Rocha, coordenador da equipe de Caatinga da iniciativa do MapBiomas.
Diferentes motivações provocaram a perda considerável da área de Caatinga identificada pela iniciativa. Cerca de 10% da vegetação desapareceu por causas naturais. Já o agronegócio foi o grande responsável por extinguir trechos localizados nos municípios do Oeste do estado.
Um total de 112 municípios da Caatinga (9%) classificados como Áreas Suscetíveis à Desertificação (ASD) com status Muito grave e Grave tiveram uma perda de 0,3 milhões de hectares de vegetação nativa. Isso representa cerca de 3% de toda a vegetação nativa perdida entre 1985-2020 no bioma.
Desse quantitativo, 0,28 milhões de hectares foram perdidos em 45 municípios da Paraíba classificados como ASD. Ao mesmo tempo, houve um decréscimo de 8,27% na superfície de água. Os dados revelam então que, de forma geral, a Caatinga ficou mais seca nos últimos 36 anos.
Conforme aponta o levantamento, embora tenha ocorrido um crescimento de vegetação secundária de 10,7 milhões de hectares, o saldo geral é negativo, tanto em extensão de área, como na qualidade da cobertura vegetal.
Ainda de acordo com os dados captados por satélite, a Bahia é o estado com maior área de vegetação secundária: 37,521 Km² em 2019. “Entre os fatores que provocam a perda de vegetação nativa destaca-se o avanço da atividade agropecuária. Entre 1985 e 2020 mais de 10 milhões de hectares de savana e formações florestais foram convertidos em atividades associadas à agropecuária”, aponta o levantamento.
A Bahia também se destacou como o estado onde as pastagens mais aumentaram. De acordo com o levantamento, 2,34 milhões de hectares entre 1985 e 2020 foram utilizados para tal fim. Em 1985, pastagens ocupavam 15,6% da Caatinga; em 2020, eram 23,1%. Mais da metade (53,6%) de toda a área de pastagem mapeada encontra-se na Bahia. Juntos, os estados da Bahia e Pernambuco representam cerca de 65,4% dos 20 milhões de hectares ocupados por pastagens em 2020.
Os estados do Piauí, Bahia e Ceará respondem por cerca de 87,28% do total de área queimada no bioma. “Os impactos das mudanças de uso do solo são potencializados pela crise climática e o resultado é uma Caatinga ainda mais seca e vulnerável”, explica Rodrigo Vasconcelos da UEFS e do MapBiomas.
Também chamou atenção dos pesquisadores o crescimento da área ocupada por infraestruturas urbanas, de 145% entre 1985 e 2020, ou 0,3 milhão de hectares da Caatinga. Ao todo, a área urbana ocupava 0,5 milhão de hectares em 2020.
As informações divulgadas nesta quarta-feira indicam que a Bahia concentra pouco mais de um quinto, o equivalente a (21,5%, de toda a área de savana da Caatinga mapeada em 2020, quando esse tipo de formação vegetal ocupava 44,2 milhões de hectares.
Desse total, 84,2% ficam nos estados da Bahia, Ceará, Piauí e Pernambuco. Entre 1985 e o ano ado, foram perdidos 10% de formações savânicas, ou cerca de 5 milhões de hectares. A maior redução ocorreu na Bahia: -2,096 milhões de hectares. Nesse período, dos 10 municípios da Caatinga que mais perderam savana, oito ficam na Bahia. Juntos, os estados da Bahia, Ceará e Pernambuco tiveram uma redução de 3,68 milhões de hectares de savana nos últimos 36 anos.
O coordenador da equipe de Caatinga da iniciativa do MapBiomas, Washington Franca, afirma que há uma negligência quanto a promoção de políticas ambientais. “Os números que estamos levantando acendem um sinal de alerta. Além desta ampliação na degradação, associa-se a isso o fato de que é o bioma com o menor percentual de áreas protegidas, se comparado aos outros”, alega.