/*! 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A professora Rosenildes Rios, 48 anos, aprendeu sobre o diagn\u00f3stico precoce ao incentivar outras mulheres a se cuidarem. Em 2018, a escola em que ela trabalha realizou uma campanha alusiva ao Outubro Rosa \u2013 o m\u00eas \u00e9 dedicado \u00e0 preven\u00e7\u00e3o do c\u00e2ncer de mama. \u201cEu vi que estava incentivando as pessoas a fazerem mamografia e realizarem autoexame, mas eu mesma n\u00e3o estava fazendo isso\u201d, conta. Ao praticar o autoexame, a professora identificou um n\u00f3dulo, realizou os exames e recebeu o diagn\u00f3stico positivo para o c\u00e2ncer. O caminho n\u00e3o foi f\u00e1cil. Embora tenha terminado o tratamento com quimioterapia e radioterapia em janeiro de 2019, ainda segue fazendo a hormonioterapia. \u201cQuando eu descobri que estava com c\u00e2ncer de mama, o ch\u00e3o se abriu, tive medo da morte. Foi uma dor muito grande porque eu pensava que podia deixar as pessoas que eu amo. Chorei muito, tive noites sem dormir. S\u00f3 me acalmei depois da primeira consulta, quando o m\u00e9dico me explicou o processo do tratamento e falou dos avan\u00e7os da medicina. A\u00ed eu fiquei mais confiante, tive esperan\u00e7a e ei a buscar a minha cura\u201d, conta Rosenildes. Incid\u00eancia De acordo com o Instituto Nacional do C\u00e2ncer (Inca) estimam-se 3.460 novos casos de c\u00e2ncer de mama na Bahia para cada um dos anos do tri\u00eanio 2020 - 2022. Em Salvador, s\u00e3o 1.180 novos casos estimados para o mesmo per\u00edodo. Segundo D\u00e9bora Gaud\u00eancio, oncologista cl\u00ednica com foco em c\u00e2ncer de mama da cl\u00ednica Clion, o hist\u00f3rico familiar do paciente influencia na incid\u00eancia da doen\u00e7a, mas n\u00e3o representa a maioria dos casos. \u201cSe a paciente tem v\u00e1rios familiares de primeiro grau que tiveram c\u00e2ncer de mama ou de ov\u00e1rio, a gente pode suspeitar que nessa fam\u00edlia pode ter uma muta\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica que possa justificar isso. Mas a grande maioria dos casos de c\u00e2ncer de mama (90%) ocorre sem a influ\u00eancia heredit\u00e1ria e gen\u00e9tica\u201d, explica. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 feita atrav\u00e9s de autoexame, mamografia ou ultrassonografia. A partir da identifica\u00e7\u00e3o de altera\u00e7\u00f5es, uma investiga\u00e7\u00e3o mais aprofundada \u00e9 feita para a realiza\u00e7\u00e3o do diagn\u00f3stico. A mamografia deve ser anual para pessoas a partir de 40 anos de idade. Em casos espec\u00edficos, esse acompanhamento pode ser feito por mulheres mais jovens. A oncologista com atua\u00e7\u00e3o com foco em c\u00e2ncer de mama, da cl\u00ednica AMO, Mar\u00edlia Sampaio, explica que o autoexame \u00e9 importante, mas n\u00e3o substitui a mamografia. \u201cAs mulheres podem apalpar as mamas a qualquer momento, quando se sentirem confort\u00e1veis, pode ser no banho ou durante a troca de roupa, por exemplo. Mas vale ressaltar que ele n\u00e3o permite reconhecer n\u00f3dulos muito pequenos\u201d, pontua. Diagn\u00f3stico dif\u00edcil No caso da aposentada Iracema Silva, 62, o diagn\u00f3stico foi dif\u00edcil. Em 2008, ela descobriu um cisto na mama e ou a acompanhar, at\u00e9 que ele virou n\u00f3dulo. \u201cApalpando n\u00e3o dava para sentir, nem o m\u00e9dico identificou. Fiz mamografia e nada, foi somente com ultrassom. A\u00ed fui fazer a bi\u00f3psia e deu que era maligno\u201d, conta. Ela \u00e9 de Mairi, mas como l\u00e1 n\u00e3o tinha mastologista na \u00e9poca, seu tratamento foi feito em Salvador. Iracema fez tr\u00eas cirurgias em menos de 45 dias e retirou os n\u00f3dulos nas duas mamas. \u201cFoi um al\u00edvio n\u00e3o ter que retirar as mamas, mas, sinceramente, para mim n\u00e3o ia importar tanto assim; O importante era me livrar da doen\u00e7a, o resto a gente d\u00e1 um jeito. Tanto que depois da cirurgia, uma mama ficou maior que a outra, mas eu n\u00e3o me importei, quem me quiser vai me querer do jeito que eu sou\u201d, enfatiza. O tratamento depende de fatores como tipo e tamanho do tumor, al\u00e9m da extens\u00e3o da doen\u00e7a, se ela se espalhou para outras partes do corpo. \u201cOs tr\u00eas grandes pilares s\u00e3o a cirurgia (mastectomia e cirurgia conservadora), quimioterapia (antes e depois da cirurgia) e radioterapia (depois da cirurgia e ap\u00f3s a quimioterapia). \u201cQuando o tumor tem receptores de estrog\u00eanio e progesterona, recomendamos a hormonioterapia por no m\u00ednimo cinco anos\u201d, acrescenta D\u00e9bora Gaud\u00eancio. Sa\u00fade mental A psic\u00f3loga e psicanalista Niliane Brito, da cl\u00ednica Spazio Psi, ressalta a import\u00e2ncia do tratamento psicol\u00f3gico aliado ao tratamento f\u00edsico. \u201cUm psicol\u00f3gico abalado vai refletir negativamente no processo de tratamento. \u00c9 preciso pensar no f\u00edsico, mas tamb\u00e9m na sa\u00fade mental de algu\u00e9m que recebe um diagn\u00f3stico de c\u00e2ncer de mama porque ele pode abalar muito a autoestima de uma mulher, al\u00e9m de trazer o medo da morte. Mas \u00e9 essencial sempre ressaltar que cada caso \u00e9 \u00fanico. Ent\u00e3o n\u00e3o \u00e9 porque Maria e Joana tiveram c\u00e2ncer de mama que as duas sentem a mesma coisa e tiveram a mesma experi\u00eancia\u201d, destaca. Doen\u00e7a tamb\u00e9m afeta homens O c\u00e2ncer de mama n\u00e3o atinge somente as mulheres. Os homens tamb\u00e9m podem desenvolver a doen\u00e7a, mesmo que de forma rara (1% do total de casos). A oncologista Mar\u00edlia Sampaio explica que o acompanhamento deve ser feito atrav\u00e9s de autoexame. \u201cN\u00e3o tem indica\u00e7\u00e3o de mamografia de rastreamento anual para eles. O homem, por geralmente n\u00e3o ter uma mama t\u00e3o volumosa, consegue identificar mais facilmente o n\u00f3dulo com um autoexame\u201d, explica. O professor Maur\u00edcio Tavares, 65, est\u00e1 nesse universo de 1% de afetados pela doen\u00e7a. Ele teve c\u00e2ncer de mama duas vezes. O primeiro diagn\u00f3stico foi em 2014 e o outro em 2016. \u201cEmbora eu seja uma pessoa extremamente informada, nunca me toquei dessa hist\u00f3ria de homem com c\u00e2ncer de mama. Eu tinha um carocinho no peito, mas n\u00e3o ligava. Foi quando eu comentei e uma pessoa me disse \u2018homem tamb\u00e9m pode ter c\u00e2ncer de mama\u2019. A\u00ed eu me preocupei\u201d, conta. Maur\u00edcio teve o diagn\u00f3stico quando o c\u00e2ncer estava no terceiro est\u00e1gio; s\u00e3o quatro no total. \u201cEu fiz quimioterapia leve e n\u00e3o precisei fazer radioterapia. Mas a segunda vez foi pesada, fiz outra cirurgia e quimioterapia mais pesada. Foi muito ruim, mas n\u00e3o parei de trabalhar. \u00c0s vezes ava mal no trabalho, mas contei para os alunos e eles foram muito acolhedores. O apoio da minha irm\u00e3 e do meu namorado tamb\u00e9m foi fundamental\u201d, acrescenta. Onde fazer mamografia? Na Bahia \u2013 Em uma Unidade B\u00e1sica de Sa\u00fade, retire a solicita\u00e7\u00e3o m\u00e9dica do exame de mamografia, que dever\u00e1 ser agendado pelas secretarias municipais de sa\u00fade ou nas policl\u00ednicas regionais (s\u00e3o 21 em todo o estado). *Reportagem do Correio\u00a0","keywords":"c\u00e2ncer de mama, Outubro Rosa, ","datePublished":"2021-10-07T14:07:46-03:00","dateModified":"2021-10-07T14:07:46-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Joana Martins","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/author\/joana-martins\/","sameAs":[],"image":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/36ac507bea6f2e6a67b1a38ab0bd73bf69a2ba1221d3e97be852d4f0dbdf3218?s=96&d=mm&r=g","height":96,"width":96}},"editor":{"@type":"Person","name":"Joana Martins","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/author\/joana-martins\/","sameAs":[],"image":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/36ac507bea6f2e6a67b1a38ab0bd73bf69a2ba1221d3e97be852d4f0dbdf3218?s=96&d=mm&r=g","height":96,"width":96}},"publisher":{"@type":"Organization","name":"Ag\u00eancia Sert\u00e3o","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com","logo":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2020\/12\/Logo-Agencia-Sertao-160x60-1.png","width":"160","height":"50"}},"image":[{"@type":"ImageObject","@id":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2021\/10\/07\/quase-500-mulheres-ja-morreram-de-cancer-de-mama-na-bahia-em-2021\/#primaryimage","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2021\/10\/ca-mama-fatores-risco-1200x675.jpg","width":"1200","height":"675"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2021\/10\/ca-mama-fatores-risco-1200x900.jpg","width":"1200","height":"900"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2021\/10\/ca-mama-fatores-risco-1200x675.jpg","width":"1200","height":"675"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2021\/10\/ca-mama-fatores-risco-675x675.jpg","width":"675","height":"675"}]}, {"@context":"https:\/\/schema.org\/","@type":"NewsArticle","@id":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2021\/10\/07\/quase-500-mulheres-ja-morreram-de-cancer-de-mama-na-bahia-em-2021\/#newsarticle","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2021\/10\/07\/quase-500-mulheres-ja-morreram-de-cancer-de-mama-na-bahia-em-2021\/","headline":"Quase 500 mulheres j\u00e1 morreram de c\u00e2ncer de mama na Bahia em 2021","mainEntityOfPage":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2021\/10\/07\/quase-500-mulheres-ja-morreram-de-cancer-de-mama-na-bahia-em-2021\/","datePublished":"2021-10-07T14:07:46-03:00","dateModified":"2021-10-07T14:07:46-03:00","description":"O c\u00e2ncer de mama interrompeu 488 vidas de mulheres baianas somente at\u00e9 junho de 2021. 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Quase 500 mulheres já morreram de câncer de mama na Bahia em 2021

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O câncer de mama interrompeu 488 vidas de mulheres baianas somente até junho de 2021. No mesmo período, 1,6 mil pacientes foram internadas por conta da doença na Bahia, segundo mostram os dados da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). A maior incidência aconteceu entre as mulheres com idades entre 50 e 59 anos, que representam 26% das mortes (127). Logo em seguida, a faixa etária que apresentou mais casos de morte foi a de 40 a 49 anos, 18,4% do total (90). Segundo especialistas, quando o tumor é encontrado com até 1 centímetro, as chances de cura ficam acima de 90%. Por isso o diagnóstico precoce é tão importante.

A professora Rosenildes Rios, 48 anos, aprendeu sobre o diagnóstico precoce ao incentivar outras mulheres a se cuidarem. Em 2018, a escola em que ela trabalha realizou uma campanha alusiva ao Outubro Rosa – o mês é dedicado à prevenção do câncer de mama. “Eu vi que estava incentivando as pessoas a fazerem mamografia e realizarem autoexame, mas eu mesma não estava fazendo isso”, conta. Ao praticar o autoexame, a professora identificou um nódulo, realizou os exames e recebeu o diagnóstico positivo para o câncer.

O caminho não foi fácil. Embora tenha terminado o tratamento com quimioterapia e radioterapia em janeiro de 2019, ainda segue fazendo a hormonioterapia. “Quando eu descobri que estava com câncer de mama, o chão se abriu, tive medo da morte. Foi uma dor muito grande porque eu pensava que podia deixar as pessoas que eu amo. Chorei muito, tive noites sem dormir. Só me acalmei depois da primeira consulta, quando o médico me explicou o processo do tratamento e falou dos avanços da medicina. Aí eu fiquei mais confiante, tive esperança e ei a buscar a minha cura”, conta Rosenildes.

Incidência

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimam-se 3.460 novos casos de câncer de mama na Bahia para cada um dos anos do triênio 2020 – 2022. Em Salvador, são 1.180 novos casos estimados para o mesmo período.

Segundo Débora Gaudêncio, oncologista clínica com foco em câncer de mama da clínica Clion, o histórico familiar do paciente influencia na incidência da doença, mas não representa a maioria dos casos.

“Se a paciente tem vários familiares de primeiro grau que tiveram câncer de mama ou de ovário, a gente pode suspeitar que nessa família pode ter uma mutação genética que possa justificar isso. Mas a grande maioria dos casos de câncer de mama (90%) ocorre sem a influência hereditária e genética”, explica.

A prevenção é feita através de autoexame, mamografia ou ultrassonografia. A partir da identificação de alterações, uma investigação mais aprofundada é feita para a realização do diagnóstico. A mamografia deve ser anual para pessoas a partir de 40 anos de idade. Em casos específicos, esse acompanhamento pode ser feito por mulheres mais jovens.

A oncologista com atuação com foco em câncer de mama, da clínica AMO, Marília Sampaio, explica que o autoexame é importante, mas não substitui a mamografia. “As mulheres podem apalpar as mamas a qualquer momento, quando se sentirem confortáveis, pode ser no banho ou durante a troca de roupa, por exemplo. Mas vale ressaltar que ele [o autoexame] não permite reconhecer nódulos muito pequenos”, pontua.

Diagnóstico difícil

No caso da aposentada Iracema Silva, 62, o diagnóstico foi difícil. Em 2008, ela descobriu um cisto na mama e ou a acompanhar, até que ele virou nódulo. “Apalpando não dava para sentir, nem o médico identificou. Fiz mamografia e nada, foi somente com ultrassom. Aí fui fazer a biópsia e deu que era maligno”, conta. Ela é de Mairi, mas como lá não tinha mastologista na época, seu tratamento foi feito em Salvador.

Iracema fez três cirurgias em menos de 45 dias e retirou os nódulos nas duas mamas. “Foi um alívio não ter que retirar as mamas, mas, sinceramente, para mim não ia importar tanto assim; O importante era me livrar da doença, o resto a gente dá um jeito. Tanto que depois da cirurgia, uma mama ficou maior que a outra, mas eu não me importei, quem me quiser vai me querer do jeito que eu sou”, enfatiza.

O tratamento depende de fatores como tipo e tamanho do tumor, além da extensão da doença, se ela se espalhou para outras partes do corpo. “Os três grandes pilares são a cirurgia (mastectomia e cirurgia conservadora), quimioterapia (antes e depois da cirurgia) e radioterapia (depois da cirurgia e após a quimioterapia). “Quando o tumor tem receptores de estrogênio e progesterona, recomendamos a hormonioterapia por no mínimo cinco anos”, acrescenta Débora Gaudêncio.

Saúde mental

A psicóloga e psicanalista Niliane Brito, da clínica Spazio Psi, ressalta a importância do tratamento psicológico aliado ao tratamento físico. “Um psicológico abalado vai refletir negativamente no processo de tratamento. É preciso pensar no físico, mas também na saúde mental de alguém que recebe um diagnóstico de câncer de mama porque ele pode abalar muito a autoestima de uma mulher, além de trazer o medo da morte. Mas é essencial sempre ressaltar que cada caso é único. Então não é porque Maria e Joana tiveram câncer de mama que as duas sentem a mesma coisa e tiveram a mesma experiência”, destaca.

Doença também afeta homens

O câncer de mama não atinge somente as mulheres. Os homens também podem desenvolver a doença, mesmo que de forma rara (1% do total de casos). A oncologista Marília Sampaio explica que o acompanhamento deve ser feito através de autoexame. “Não tem indicação de mamografia de rastreamento anual para eles. O homem, por geralmente não ter uma mama tão volumosa, consegue identificar mais facilmente o nódulo com um autoexame”, explica.

O professor Maurício Tavares, 65, está nesse universo de 1% de afetados pela doença. Ele teve câncer de mama duas vezes. O primeiro diagnóstico foi em 2014 e o outro em 2016. “Embora eu seja uma pessoa extremamente informada, nunca me toquei dessa história de homem com câncer de mama. Eu tinha um carocinho no peito, mas não ligava. Foi quando eu comentei e uma pessoa me disse ‘homem também pode ter câncer de mama’. Aí eu me preocupei”, conta.

Maurício teve o diagnóstico quando o câncer estava no terceiro estágio; são quatro no total. “Eu fiz quimioterapia leve e não precisei fazer radioterapia. Mas a segunda vez foi pesada, fiz outra cirurgia e quimioterapia mais pesada. Foi muito ruim, mas não parei de trabalhar. Às vezes ava mal no trabalho, mas contei para os alunos e eles foram muito acolhedores. O apoio da minha irmã e do meu namorado também foi fundamental”, acrescenta.

Onde fazer mamografia?

Na Bahia – Em uma Unidade Básica de Saúde, retire a solicitação médica do exame de mamografia, que deverá ser agendado pelas secretarias municipais de saúde ou nas policlínicas regionais (são 21 em todo o estado).

*Reportagem do Correio 

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