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Questionada pela BBC News Brasil sobre que conselho daria ao presidente brasileiro e aos outros l\u00edderes estreantes, Espinosa disse que a ONU \u00e9 um lugar de \"di\u00e1logo\", \"concord\u00e2ncia\" e \"conversa\". \"Esta \u00e9 a casa do di\u00e1logo. Esta \u00e9 a casa da concord\u00e2ncia. Esta \u00e9 uma casa para se conversar. Esta \u00e9 uma casa onde nos reunimos e fazemos acordos sobre coisas que faremos para melhorar o mundo\", disse. \"Ent\u00e3o, eu diria que, quem quer que venha, tem que ter uma atitude construtiva. Com uma atitude que compreenda que todos fazemos parte da comunidade global e que todos pertencemos \u00e0 mesma esp\u00e9cie, a esp\u00e9cie humana.\" No cargo desde o ano ado, Espinosa a nesta ter\u00e7a-feira o bast\u00e3o para o nigeriano Tijjani Muhammad-Bande, que assume como presidente da 74\u00aa Sess\u00e3o da Assembleia Geral. Em entrevista \u00e0 TV Record veiculada na segunda-feira, Bolsonaro confirmou que viajar\u00e1 para Nova York no pr\u00f3ximo dia 23, onde far\u00e1 o discurso de abertura da Assembleia Geral - uma tradi\u00e7\u00e3o que o Brasil mant\u00e9m desde a \u00e9poca da cria\u00e7\u00e3o da ONU, ap\u00f3s a Segunda Guerra Mundial. Em 1947, o diplomata Oswaldo Aranha era chefe da delega\u00e7\u00e3o brasileira e presidiu a primeira sess\u00e3o da Assembleia. \"Falei h\u00e1 um tempo atr\u00e1s que iria de qualquer maneira, nem que fosse de cadeira de rodas\", disse o presidente, que deixou o hospital na segunda-feira, ap\u00f3s ar por uma cirurgia de corre\u00e7\u00e3o de uma h\u00e9rnia decorrente da facada que recebeu durante a campanha eleitoral, em setembro do ano ado. \"J\u00e1 comecei a rascunhar o discurso, um discurso diferente dos que me antecederam. \u00c9 conciliat\u00f3rio, sim, mas vai reafirmar a quest\u00e3o da nossa soberania e do potencial que o Brasil tem para o mundo, coisa que poucos ou quase nenhum presidente teve... na ONU.\" Diversidade No ano ado, 49 pa\u00edses elegeram novos chefes de Estado - como Bolsonaro, no Brasil - ou tiveram seus l\u00edderes reeleitos. Ainda no coment\u00e1rio sobre os estreantes, Espinosa destacou sua defesa \u00e0 diversidade. \"Somos todos iguais, apesar de eu ser uma grande defensora da diversidade. N\u00e3o apenas o multilinguismo, mas tamb\u00e9m a diversidade cultural, religiosa e geracional\", afirmou a chefe da Assembleia, cujo mandato foi marcado por uma maior abertura \u00e0 imprensa, uma aproxima\u00e7\u00e3o entre a assembleia e comunidades e pela defesa \u00e0 igualdade de g\u00eanero em cargos de lideran\u00e7a. Sem qualquer men\u00e7\u00e3o direta ao mandat\u00e1rio brasileiro, o coment\u00e1rio vem em um momento de ansiedade em torno do tom que ser\u00e1 adotado pelo presidente brasileiro em sua fala, que precede \u00e0 de seu colega americano, Donald Trump, que neste ano far\u00e1 seu terceiro discurso no imponente sal\u00e3o projetado a partir de desenhos de Oscar Niemeyer e Le Corbusier. Em 2017, em sua estreia na megaconfer\u00eancia da ONU, Trump fez piada com o l\u00edder norte-coreano Kim Jong-un, chamando-o de \"rocket man\" (\"homem do foguete\", em tradu\u00e7\u00e3o livre) e dizendo que ele estava em uma \"miss\u00e3o suicida\". A fala, vista como pouco diplom\u00e1tica, ganhou manchetes em todo o mundo e respostas duras de Kim Jong-Un, que disse posteriormente, em nota, que \"cachorro assustado late alto\". A Assembleia Geral da ONU \u00e9 vista como o principal f\u00f3rum de debate da ONU, j\u00e1 que \u00e9 o \u00fanico \u00f3rg\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas que inclui representantes de todos os pa\u00edses-membros. Membros podem discutir qualquer assunto que esteja na Carta da ONU, de seguran\u00e7a internacional ao or\u00e7amento da institui\u00e7\u00e3o. A Assembleia pode fazer recomenda\u00e7\u00f5es, baseadas em suas delibera\u00e7\u00f5es - mas n\u00e3o tem poder para for\u00e7ar os pa\u00edses a agirem de acordo com suas decis\u00f5es. Em assuntos-chave, incluindo os de seguran\u00e7a internacional, uma maioria de dois ter\u00e7os \u00e9 necess\u00e1ria para adotar uma resolu\u00e7\u00e3o. A Assembleia Geral se encontra por tr\u00eas meses do ano, a partir de setembro, e para sess\u00f5es especiais e de emerg\u00eancia. Sua sess\u00e3o anual come\u00e7a com um \"Debate Geral\", em que cada pa\u00eds-membro faz uma declara\u00e7\u00e3o sobre sua perspectiva dos eventos mundiais. \u00c9 este o evento marcado para o pr\u00f3ximo dia 24. 'Sair da ONU' O \u00faltimo epis\u00f3dio aconteceu no in\u00edcio de setembro, quando o presidente brasileiro atacou Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile e atual Alta Comiss\u00e1ria de Direitos Humanos da ONU. \"Senhora Michele Bachelet, se n\u00e3o fosse o pessoal do Pinochet derrotar a esquerda em 1973, entre eles seu pai, hoje o Chile seria uma Cuba. Parece que quando tem gente que n\u00e3o tem o que fazer, como a senhora Michelle Bachelet, vai l\u00e1 para a cadeira de direitos Humanos da ONU\", disse o brasileiro a jornalistas. Alberto Bachelet, pai de Michelle, era general e resistiu ao golpe militar de Augusto Pinochet, que completou 46 anos neste m\u00eas. Ele foi preso, torturado e morto pela ditadura militar. Pelo Twitter, junto a uma foto de Bachelet, Dilma Rousseff e Cristina Kirchner, Bolsonaro escreveu: \"Michelle Bachelet, Comiss\u00e1ria dos Direitos Humanos da ONU, seguindo a linha do Macron em se intrometer nos assuntos internos e na soberania brasileira, investe contra o Brasil na agenda de direitos humanos (de bandidos), atacando nossos valorosos policiais civis e militares.\" A ira do presidente veio de uma fala de Michelle Bachelet em 4 de setembro, em Genebra. Principal autoridade ligada a direitos humanos na ONU, Bachelet alertou sobre o que percebe como uma \"redu\u00e7\u00e3o do espa\u00e7o democr\u00e1tico\" no Brasil e criticou ataques e assassinatos de defensores de direitos humanos e comunidades ind\u00edgenas. \"Dissemos ao governo que \u00e9 preciso proteger os defensores dos direitos humanos e do meio ambiente, mas tamb\u00e9m examinar as medidas que podem desencadear viol\u00eancias contra esses defensores\", disse Bachelet. Em 18 de agosto do ano ado, j\u00e1 \u00e0 frente nas pesquisas de inten\u00e7\u00e3o de voto para a presid\u00eancia, Bolsonaro disse que retiraria o Brasil do Conselho de Direitos Humanos da ONU. \"Se eu for presidente eu saio da ONU, n\u00e3o serve pra nada esta institui\u00e7\u00e3o\", disse. \"(O Conselho de Direitos Humanos) \u00c9 uma reuni\u00e3o de comunistas, de gente que n\u00e3o tem qualquer compromisso com a Am\u00e9rica do Sul, pelo menos\", disse o candidato do PSL. \tClique para o canal da BBC News Brasil no YouTube","keywords":"Bolsonaro, Onu, ","datePublished":"2019-09-18T05:25:14-03:00","dateModified":"2019-09-18T05:25:14-03:00","author":{"@type":"Person","name":"BBC Brasil","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/author\/bbc\/","sameAs":[],"image":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/557beb6c0445876c92e06720f0ffcb54114f4bcb61a1052423b0d64a248fb19f?s=96&d=mm&r=g","height":96,"width":96}},"editor":{"@type":"Person","name":"BBC Brasil","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/author\/bbc\/","sameAs":[],"image":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/557beb6c0445876c92e06720f0ffcb54114f4bcb61a1052423b0d64a248fb19f?s=96&d=mm&r=g","height":96,"width":96}},"publisher":{"@type":"Organization","name":"Ag\u00eancia Sert\u00e3o","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com","logo":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2020\/12\/Logo-Agencia-Sertao-160x60-1.png","width":"160","height":"50"}},"image":[{"@type":"ImageObject","@id":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2019\/09\/18\/tenha-atitude-construtiva-sugere-presidente-da-assembleia-geral-da-onu-a-bolsonaro-e-outros-estreantes\/#primaryimage","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2019\/09\/Maria-Fernanda-Espinosa-1200x675.jpg","width":"1200","height":"675"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2019\/09\/Maria-Fernanda-Espinosa-1200x900.jpg","width":"1200","height":"900"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2019\/09\/Maria-Fernanda-Espinosa-1200x675.jpg","width":"1200","height":"675"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2019\/09\/Maria-Fernanda-Espinosa-624x624.jpg","width":"624","height":"624"}]},
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Em sua última entrevista coletiva como presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, na segunda-feira, em Nova York, a diplomata equatoriana María Fernanda Espinosa aconselhou o presidente Jair Bolsonaro e os demais chefes de Estado que farão sua estreia no encontro a virem com uma “atitude construtiva” ao evento principal, marcado para o próximo dia 24.
Questionada pela BBC News Brasil sobre que conselho daria ao presidente brasileiro e aos outros líderes estreantes, Espinosa disse que a ONU é um lugar de “diálogo”, “concordância” e “conversa”.
“Esta é a casa do diálogo. Esta é a casa da concordância. Esta é uma casa para se conversar. Esta é uma casa onde nos reunimos e fazemos acordos sobre coisas que faremos para melhorar o mundo”, disse. “Então, eu diria que, quem quer que venha, tem que ter uma atitude construtiva. Com uma atitude que compreenda que todos fazemos parte da comunidade global e que todos pertencemos à mesma espécie, a espécie humana.”
No cargo desde o ano ado, Espinosa a nesta terça-feira o bastão para o nigeriano Tijjani Muhammad-Bande, que assume como presidente da 74ª Sessão da Assembleia Geral.
Em entrevista à TV Record veiculada na segunda-feira, Bolsonaro confirmou que viajará para Nova York no próximo dia 23, onde fará o discurso de abertura da Assembleia Geral – uma tradição que o Brasil mantém desde a época da criação da ONU, após a Segunda Guerra Mundial. Em 1947, o diplomata Oswaldo Aranha era chefe da delegação brasileira e presidiu a primeira sessão da Assembleia.
“Falei há um tempo atrás que iria de qualquer maneira, nem que fosse de cadeira de rodas”, disse o presidente, que deixou o hospital na segunda-feira, após ar por uma cirurgia de correção de uma hérnia decorrente da facada que recebeu durante a campanha eleitoral, em setembro do ano ado.
“Já comecei a rascunhar o discurso, um discurso diferente dos que me antecederam. É conciliatório, sim, mas vai reafirmar a questão da nossa soberania e do potencial que o Brasil tem para o mundo, coisa que poucos ou quase nenhum presidente teve… na ONU.”
Diversidade
No ano ado, 49 países elegeram novos chefes de Estado – como Bolsonaro, no Brasil – ou tiveram seus líderes reeleitos.
Ainda no comentário sobre os estreantes, Espinosa destacou sua defesa à diversidade.
“Somos todos iguais, apesar de eu ser uma grande defensora da diversidade. Não apenas o multilinguismo, mas também a diversidade cultural, religiosa e geracional”, afirmou a chefe da Assembleia, cujo mandato foi marcado por uma maior abertura à imprensa, uma aproximação entre a assembleia e comunidades e pela defesa à igualdade de gênero em cargos de liderança.
Sem qualquer menção direta ao mandatário brasileiro, o comentário vem em um momento de ansiedade em torno do tom que será adotado pelo presidente brasileiro em sua fala, que precede à de seu colega americano, Donald Trump, que neste ano fará seu terceiro discurso no imponente salão projetado a partir de desenhos de Oscar Niemeyer e Le Corbusier.
Em 2017, em sua estreia na megaconferência da ONU, Trump fez piada com o líder norte-coreano Kim Jong-un, chamando-o de “rocket man” (“homem do foguete”, em tradução livre) e dizendo que ele estava em uma “missão suicida”. A fala, vista como pouco diplomática, ganhou manchetes em todo o mundo e respostas duras de Kim Jong-Un, que disse posteriormente, em nota, que “cachorro assustado late alto”.
A Assembleia Geral da ONU é vista como o principal fórum de debate da ONU, já que é o único órgão das Nações Unidas que inclui representantes de todos os países-membros. Membros podem discutir qualquer assunto que esteja na Carta da ONU, de segurança internacional ao orçamento da instituição. A Assembleia pode fazer recomendações, baseadas em suas deliberações – mas não tem poder para forçar os países a agirem de acordo com suas decisões.
Em assuntos-chave, incluindo os de segurança internacional, uma maioria de dois terços é necessária para adotar uma resolução. A Assembleia Geral se encontra por três meses do ano, a partir de setembro, e para sessões especiais e de emergência.
Sua sessão anual começa com um “Debate Geral”, em que cada país-membro faz uma declaração sobre sua perspectiva dos eventos mundiais. É este o evento marcado para o próximo dia 24.
‘Sair da ONU’
O último episódio aconteceu no início de setembro, quando o presidente brasileiro atacou Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile e atual Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU.
“Senhora Michele Bachelet, se não fosse o pessoal do Pinochet derrotar a esquerda em 1973, entre eles seu pai, hoje o Chile seria uma Cuba. Parece que quando tem gente que não tem o que fazer, como a senhora Michelle Bachelet, vai lá para a cadeira de direitos Humanos da ONU”, disse o brasileiro a jornalistas. Alberto Bachelet, pai de Michelle, era general e resistiu ao golpe militar de Augusto Pinochet, que completou 46 anos neste mês. Ele foi preso, torturado e morto pela ditadura militar.
Pelo Twitter, junto a uma foto de Bachelet, Dilma Rousseff e Cristina Kirchner, Bolsonaro escreveu: “Michelle Bachelet, Comissária dos Direitos Humanos da ONU, seguindo a linha do Macron em se intrometer nos assuntos internos e na soberania brasileira, investe contra o Brasil na agenda de direitos humanos (de bandidos), atacando nossos valorosos policiais civis e militares.”
A ira do presidente veio de uma fala de Michelle Bachelet em 4 de setembro, em Genebra. Principal autoridade ligada a direitos humanos na ONU, Bachelet alertou sobre o que percebe como uma “redução do espaço democrático” no Brasil e criticou ataques e assassinatos de defensores de direitos humanos e comunidades indígenas.
“Dissemos ao governo que é preciso proteger os defensores dos direitos humanos e do meio ambiente, mas também examinar as medidas que podem desencadear violências contra esses defensores”, disse Bachelet.
Em 18 de agosto do ano ado, já à frente nas pesquisas de intenção de voto para a presidência, Bolsonaro disse que retiraria o Brasil do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
“Se eu for presidente eu saio da ONU, não serve pra nada esta instituição”, disse. “(O Conselho de Direitos Humanos) É uma reunião de comunistas, de gente que não tem qualquer compromisso com a América do Sul, pelo menos”, disse o candidato do PSL.