A solidariedade mora onde existe boa vontade. Foi no povoado de Juazeiro, a 50 km de Caetité, distrito de Maniaçu, onde a funcionária pública Zilma Neves decidiu que poderia contribuir para trazer um pouco de amor e alegria a crianças carentes do povoado onde mora.
Daniel Almeida – Projeto Criança Feliz
Uma festa realizada no dia das crianças no ano de 2010, organizada por Zilma, foi o pontapé inicial para que o que começou como um evento se tornasse um projeto: “A partir daí surgiram alguns convites para que eu realizasse esta mesma festa em outras comunidades, devido à excelente repercussão positiva por conta do evento que foi bem elaborado e tanto os pais quanto as crianças saíram satisfeitas desta festinha” conta Zilma. Foi daí que surgiu o projeto Criança Feliz, hoje com sete anos. O Projeto Criança Feliz realiza além da festa, que contemplacomunidades com baixo poder aquisitivo e crianças em situação de vulnerabilidade social, como remanescentes quilombolas, indígenas entre outros, com distribuição de brinquedos, brincadeiras com palhaço, pinturas no rosto, músicas e oração, queZilma chama de momento com Deus: “Nós não pregamos uma religião. Nós damos as mãos e fazemos uma oração de agradecimento a Deus pelo evento”, destaca a fundadora. 36 voluntários fazem parte do projeto. A organização estima que cerca de 500 crianças são atendidas a cada evento. Joseane Fernandes, voluntária no grupo há três anos, é uma delas. Josy, como é mais conhecida, conta uma história que emociona:. “Certa vez fomos até uma comunidade remanescente quilombola carente e levamos entre outras coisas um bolo que estava decorado. Eles (as crianças) adoram bolo. Uma das crianças perguntou a chefe da cozinha do projeto: ‘O que é aquilo que tá no bolo, tia">