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A empresa, no entanto, nunca informou as autoridades estaduais e federais sobre esses resultados, como o governo baiano, o Ibama, o Minist\u00e9rio da Sa\u00fade ou o Minist\u00e9rio do Meio Ambiente. Em vez disso, a estatal declarou que n\u00e3o havia encontrado nenhuma irregularidade em suas inspe\u00e7\u00f5es de \u00e1gua feitas ao longo ano. O governo baiano voltou a testar a qualidade da \u00e1gua do po\u00e7o analisado pela INB e comprovou a contamina\u00e7\u00e3o. A INB nega responsabilidade e afirma que n\u00e3o tinha obriga\u00e7\u00e3o de informar sobre os resultados que coletou porque tinha feito apenas um favor ao dono do s\u00edtio, que queria checar a qualidade de sua \u00e1gua. Sete meses depois de confirmar que a presen\u00e7a de ur\u00e2nio no po\u00e7o estava quatro vezes acima do limite, a empresa limitou-se a entregar uma c\u00f3pia de seus testes \u00e0 prefeitura local, sem qualquer tipo de comunica\u00e7\u00e3o oficial. 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Est\u00e1 configurada a infra\u00e7\u00e3o ambiental e a INB ser\u00e1 autuada\", declarou Evaristo. \"O Ibama finaliza neste momento o relat\u00f3rio de fiscaliza\u00e7\u00e3o com o conjunto de provas e a determina\u00e7\u00e3o da dosimetria do auto de infra\u00e7\u00e3o.\" Em parecer t\u00e9cnico, o Ibama concluiu que, mesmo o po\u00e7o n\u00e3o se localizando na \u00e1rea de abrang\u00eancia da rede de monitoramento da estatal, \"a partir do momento em que a INB se disp\u00f4s a realizar a an\u00e1lise da \u00e1gua do po\u00e7o na propriedade, essa empresa assumiu a responsabilidade e o dever de disponibilizar as informa\u00e7\u00f5es por ela produzidas, assim como de orientar, tanto o produtor como os \u00f3rg\u00e3os competentes, sobre a execu\u00e7\u00e3o das medidas aplic\u00e1veis ao caso.\" Na semana ada, a presidente Dilma Rousseff exonerou, a pedido, Aquilino Senra Martinez do cargo de presidente da INB, estatal que est\u00e1 vinculada ao Minist\u00e9rio de Ci\u00eancia, Tecnologia e Inova\u00e7\u00e3o. Para o lugar de Martinez foi nomeado Jo\u00e3o Carlos Derzi Tupinamb\u00e1.","keywords":"Caetit\u00e9, Destaque, INB, uranio, ","datePublished":"2016-01-29T08:41:54-02:00","dateModified":"2016-01-29T08:41:54-02:00","author":{"@type":"Person","name":"Tiago Marques","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/author\/tiagospf\/","sameAs":["https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wordpress","https:\/\/www.facebook.com\/tiagomarquesv","https:\/\/www.twitter.com\/tiagomarques_\/","https:\/\/www.instagram.com\/tiagomarques_\/"],"image":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/3ba51b59f42e9d3b7588b7c5e33192c70492919ef97b1031e302a6bfac575190?s=96&d=mm&r=g","height":96,"width":96}},"editor":{"@type":"Person","name":"Tiago Marques","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/author\/tiagospf\/","sameAs":["https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wordpress","https:\/\/www.facebook.com\/tiagomarquesv","https:\/\/www.twitter.com\/tiagomarques_\/","https:\/\/www.instagram.com\/tiagomarques_\/"],"image":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/3ba51b59f42e9d3b7588b7c5e33192c70492919ef97b1031e302a6bfac575190?s=96&d=mm&r=g","height":96,"width":96}},"publisher":{"@type":"Organization","name":"Ag\u00eancia Sert\u00e3o","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com","logo":{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2020\/12\/Logo-Agencia-Sertao-160x60-1.png","width":"160","height":"50"}},"image":[{"@type":"ImageObject","@id":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/2016\/01\/29\/apos-nova-analise-bahia-identifica-mais-pocos-com-alto-teor-de-uranio\/#primaryimage","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2015\/10\/uranio-1200x900.jpg","width":"1200","height":"900"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2015\/10\/uranio-1200x720.jpg","width":"1200","height":"720"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2015\/10\/uranio-1200x675.jpg","width":"1200","height":"675"},{"@type":"ImageObject","url":"https:\/\/agenciasertao.informativomineiro.com\/wp-content\/s\/2015\/10\/uranio-674x674.jpg","width":"674","height":"674"}]},
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Brasília – O governo da Bahia encontrou novos poços com alto teor de urânio na região de Caetité, no Sudoeste do Estado, onde está em operação a única mina do material radioativo em toda a América Latina.
Os novos testes de água foram realizados pelo Centro de Pesquisas e Desenvolvimento (Ceped), a pedido do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema). No fim de dezembro, foram coletadas amostras em 19 poços da região. Os resultados ficaram prontos nesta semana. O jornal “O Estado de S. Paulo” teve o aos resultados dos laudos técnicos de cada poço.
Os dados revelam que pelo menos três poços estão com nível de urânio acima do limite determinado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O órgão estabelece uma tolerância de, no máximo, 15 microgramas de urânio por litro de água. Em um dos poços contaminados, localizado no Povoado Imbu, o volume encontrado chegou a 32 microgramas, mais que o dobro da quantidade autorizada pelo organismo internacional.
Além dos três poços que estouraram o limite previsto em lei, outros três chegaram ao índice de 14 microgramas por litro, isto é, estão praticamente em cima da quantidade permitida. Os volumes são preocupantes mesmo se considerado o critério mais brando utilizado pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que impõe uma tolerância de até 20 microgramas.
Ao ser questionado sobre os resultados, o secretário de Meio Ambiente do governo da Bahia, Eugenio Spengler, disse ao jornal que os novos pontos de contaminação serão fechados, para garantir a segurança e saúde da população. “Está decidido que os poços que apresentaram níveis superiores não poderão ser mais utilizados. Nossa orientação é de que eles sejam lacrados”, afirmou.
Spengler disse que uma nova rodada de coleta de amostras será feita nas próximas semanas e que o governo baiano vai adquirir equipamentos para fazer um monitoramento permanente das águas subterrâneas da Bahia, projeto que terá início na região de Caetité. O termo de referência para compra desses equipamentos está em fase de conclusão.
O governo baiano tem encontrado dificuldades de executar o monitoramento na região por causa dos dados precários sobre a localização de cada poço. “Além disso, muitos reservatórios usados pela população foram abertos clandestinamente”, diz o coordenador de monitoramento dos recursos ambientais e hídricos do Inema, Eduardo Topázio.
Denúncia
Reportagem publicada pelo jornal em agosto do ano ado revelou que a estatal federal Indústrias Nucleares do Brasil (INB), responsável pela exploração do minério radioativo na região, havia realizado testes e confirmado a contaminação de pelo menos um poço no município de Lagoa Real, vizinho de Caetité, conforme laudos técnicos reunidos pela reportagem. A empresa, no entanto, nunca informou as autoridades estaduais e federais sobre esses resultados, como o governo baiano, o Ibama, o Ministério da Saúde ou o Ministério do Meio Ambiente. Em vez disso, a estatal declarou que não havia encontrado nenhuma irregularidade em suas inspeções de água feitas ao longo ano.
O governo baiano voltou a testar a qualidade da água do poço analisado pela INB e comprovou a contaminação.
A INB nega responsabilidade e afirma que não tinha obrigação de informar sobre os resultados que coletou porque tinha feito apenas um favor ao dono do sítio, que queria checar a qualidade de sua água. Sete meses depois de confirmar que a presença de urânio no poço estava quatro vezes acima do limite, a empresa limitou-se a entregar uma cópia de seus testes à prefeitura local, sem qualquer tipo de comunicação oficial.
Segundo a estatal, a presença de alto teor de urânio na água da região seria natural, por conta da quantidade de minério que há no local. A empresa também afirma que sua mineração não tem influência sobre a água no poço de Lagoa Real, porque estaria em outra sub-bacia hidrográfica a cerca de 15 km de distância de sua mina.
Multa
Por meio de nota, o diretor de proteção ambiental do Ibama, Luciano Evaristo, confirmou que houve irregularidade da empresa e que a INB será multada. “A INB deveria ter comunicado o fato imediatamente ao Ibama. Está configurada a infração ambiental e a INB será autuada”, declarou Evaristo. “O Ibama finaliza neste momento o relatório de fiscalização com o conjunto de provas e a determinação da dosimetria do auto de infração.”
Em parecer técnico, o Ibama concluiu que, mesmo o poço não se localizando na área de abrangência da rede de monitoramento da estatal, “a partir do momento em que a INB se dispôs a realizar a análise da água do poço na propriedade, essa empresa assumiu a responsabilidade e o dever de disponibilizar as informações por ela produzidas, assim como de orientar, tanto o produtor como os órgãos competentes, sobre a execução das medidas aplicáveis ao caso.”
Na semana ada, a presidente Dilma Rousseff exonerou, a pedido, Aquilino Senra Martinez do cargo de presidente da INB, estatal que está vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. Para o lugar de Martinez foi nomeado João Carlos Derzi Tupinambá.