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No Brasil, primeiro come\u00e7ou a se desarmar, mas os conflitos seguiram. Ent\u00e3o voc\u00ea n\u00e3o resolveu o problema. Seriam necess\u00e1rias uma s\u00e9rie de medidas, como melhoria no sistema penitenci\u00e1rio, que n\u00e3o foram feitas\", afirmou. O soci\u00f3logo disse que os dados preliminares de 2013 j\u00e1 mostram que o panorama n\u00e3o deve ser alterado e que a taxa de homic\u00eddios por arma de fogo deve seguir alta. \"Temos dados de alguns grandes Estados, mas n\u00e3o ainda de todo o pa\u00eds; mas j\u00e1 d\u00e1 para perceber que esses n\u00fameros devem se manter, n\u00e3o h\u00e1 nada que aponte para uma redu\u00e7\u00e3o em breve\", disse. Mortes violentas Levando em conta os assassinatos, acidentes, suic\u00eddios e causas indeterminadas, entre 1980 e 2012, as armas de fogo foram respons\u00e1veis por 880 mil mortes no Brasil. \"Nesse per\u00edodo, as v\u00edtimas am de 8.710 no ano de 1980 para 42.416 em 2012, um crescimento de 387%. Temos de considerar que, nesse intervalo, a popula\u00e7\u00e3o do pa\u00eds cresceu em torno de 61%\", informou o texto do estudo. O estudo apontou que a evolu\u00e7\u00e3o da letalidade das armas de fogo n\u00e3o ocorreu de forma constante. O mapa mostra que, entre 1990 e 2003, o crescimento foi \"sistem\u00e1tico, com um ritmo acelerado de 6,8% ao ano\". \"Depois do pico de 39,3 mil mortes em 2003, os n\u00fameros, num primeiro momento, ca\u00edram para aproximadamente 37 mil, mas depois de 2008 ficam oscilando em torno das 39 mil mortes anuais para dar um pulo em 2012: 42,4 mil. O Estatuto e a Campanha do Desarmamento, com in\u00edcio 2004, constituem um dos fatores determinantes na explica\u00e7\u00e3o dessa mudan\u00e7a. Entre os jovens, o processo foi semelhante, mas com maior intensidade\", explica o estudo. Outra constata\u00e7\u00e3o \u00e9 que as mortes por armas de fogo avan\u00e7aram em dire\u00e7\u00e3o ao interior do pa\u00eds. \"Se o pa\u00eds entre 2002 e 2012 registra um aumento de 11,7% no n\u00famero de v\u00edtimas de armas de fogo, nas capitais houve uma queda de 1,6%\", ressalta. O levantamento tamb\u00e9m traz uma compara\u00e7\u00e3o das taxas de mortalidade por armas de fogo de 90 pa\u00edses ou territ\u00f3rios, o qual o Brasil ficou na 11\u00aa posi\u00e7\u00e3o. A Venezuela lidera o ranking com taxa de 55,4 \u00f3bitos por armas de fogo. Coreia do Sul, Jap\u00e3o, Marrocos e Hong Kong aparecem com taxa zero de mortes por armas de fogo. Diferen\u00e7as regionais O estudo aponta para a exist\u00eancia de v\u00e1rios \"brasis\" no quesito viol\u00eancia armada. 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J\u00e1 o Sudeste foi a \u00fanica regi\u00e3o a evidenciar queda na d\u00e9cada, com diminui\u00e7\u00e3o de 39,8% na taxa. \"Essas quedas foram puxadas, fundamentalmente, por S\u00e3o Paulo, cujos n\u00fameros em 2012 caem 58,6% com rela\u00e7\u00e3o ao ano de 2002 e tamb\u00e9m Rio de Janeiro, com queda de 50,3%. J\u00e1 Minas Gerais teve um significativo aumento de 53,7%\", diz o estudo. A lideran\u00e7a entre os Estados com mais mortes por arma de fogo continua sendo de Alagoas, com taxa de 55 por cada 100 mil, mais de 15 pontos \u00e0 frente do segundo colocado, o Esp\u00edrito Santo, que teve taxa de 38,3 por cada 100 mil. Entre as capitais, Macei\u00f3 tamb\u00e9m lidera, com taxa de 79,9 por cada 100 mil. Levando em conta os anos de 2002 e 2012, apenas 12 capitais conseguiram reduziram a taxa entre 2002 a 2012. O Rio de Janeiro foi a que teve a maior queda, de 68,3%. J\u00e1 S\u00e3o Lu\u00eds teve a maior alta: 316%. O estudo tamb\u00e9m calculou as taxas de mortalidade nos 1.669 munic\u00edpios com mais de 20 mil habitantes. No caso deles, para evitar distor\u00e7\u00f5es, a m\u00e9dia de mortes por armas de fogo considerada levou em conta os anos 2010 a 2012. O munic\u00edpio de Sim\u00f5es Filho, na Grande Salvador, aparece com a maior taxa de mortalidade, tanto na popula\u00e7\u00e3o total, quanto entre os jovens: 130,1 e 314,4 \u00f3bitos para cada 100 mil habitantes, respectivamente. 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Número de assassinatos com arma de fogo no Brasil é o maior desde 1980

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size_810_16_9_HomicidiosA edição 2015 do Mapa da Violência, divulgado nesta quarta-feira (13), apontou que o Brasil registrou, em 2012, os maiores números absolutos e taxa de homicídios desde 1980 –ano em que começou a ser feito o estudo.

O levantamento leva em conta dados do Subsistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. Segundo o levantamento, 40 mil pessoas foram assassinadas por algum tipo de arma de fogo em 2012, uma taxa de 20,7 assassinatos para cada 100 mil habitantes. Os assassinatos por arma de fogo responderam por de 71% todos os 56 mil homicídios registrados no país naquele ano.

A taxa de 2012 é a maior da série histórica do Mapa da Violência, que começou em 1980 e vai até 2012 –ano mais recente com dados do sistema.  Até então, a maior taxa de homicídios tinha sido registrada em 2003 –ano de lançamento do Estatuto do Desarmamento–, quando ficou em 20,4 por cada mil.

Segundo o coordenador do estudo, o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, o período de queda da taxa de mortalidade iniciada em 2004, logo após a campanha do desarmamento, foi freada por medidas que deveriam acompanhar a entrada em vigor do estatuto não foram adotadas –e a violência armada voltou crescer no país nos últimos anos.

“Quando você vê um conflito, uma briga na rua com facas, por exemplo, a primeira medida a ser tomada é desarmar os envolvidos. Depois se vê o que se faz para resolver o problema deles. Mas desarmar não é resolver o conflito. No Brasil, primeiro começou a se desarmar, mas os conflitos seguiram. Então você não resolveu o problema. Seriam necessárias uma série de medidas, como melhoria no sistema penitenciário, que não foram feitas”, afirmou.

O sociólogo disse que os dados preliminares de 2013 já mostram que o panorama não deve ser alterado e que a taxa de homicídios por arma de fogo deve seguir alta.

“Temos dados de alguns grandes Estados, mas não ainda de todo o país; mas já dá para perceber que esses números devem se manter, não há nada que aponte para uma redução em breve”, disse.

Mortes violentas

Levando em conta os assassinatos, acidentes, suicídios e causas indeterminadas, entre 1980 e 2012, as armas de fogo foram responsáveis por 880 mil mortes no Brasil.

“Nesse período, as vítimas am de 8.710 no ano de 1980 para 42.416 em 2012, um crescimento de 387%. Temos de considerar que, nesse intervalo, a população do país cresceu em torno de 61%”, informou o texto do estudo.

O estudo apontou que a evolução da letalidade das armas de fogo não ocorreu de forma constante. O mapa mostra que, entre 1990 e 2003, o crescimento foi “sistemático, com um ritm o acelerado de 6,8% ao ano”.

“Depois do pico de 39,3 mil mortes em 2003, os números, num primeiro momento, caíram para aproximadamente 37 mil, mas depois de 2008 ficam oscilando em torno das 39 mil mortes anuais para dar um pulo em 2012: 42,4 mil. O Estatuto e a Campanha do Desarmamento, com início 2004, constituem um dos fatores determinantes na explicação dessa mudança. Entre os jovens, o processo foi semelhante, mas com maior intensidade”, explica o estudo.

Outra constatação é que as mortes por armas de fogo avançaram em direção ao interior do país.

“Se o país entre 2002 e 2012 registra um aumento de 11,7% no número de vítimas de armas de fogo, nas capitais houve uma queda de 1,6%”, ressalta.

O levantamento também traz uma comparação das taxas de mortalidade por armas de fogo de 90 países ou territórios, o qual o Brasil ficou na 11ª posição.

A Venezuela lidera o ranking com taxa de 55,4 óbitos por armas de fogo. Coreia do Sul, Japão, Marrocos e Hong Kong aparecem com taxa zero de mortes por armas de fogo.

Diferenças regionais

O estudo aponta para a existência de vários “brasis” no quesito violência armada. Nos últimos anos, enquanto a região Sudeste apresentou redução nas taxas, Norte e Nordeste viram as mortes por arma de fogo explodirem entre 2002 e 2012.

“Pode ser observado o forte crescimento da mortalidade na região Norte –135,7%– na década. Em menor escala, também no Nordeste o crescimento foi elevado: 89,1%. Na Região Norte, Pará e Amazonas atuam como carro-chefe desse crescimento, mais que triplicando o número de mortes por armas de fogo no período. Já no Nordeste, a maior parte dos Estados apresenta elevados índices de crescimento, com destaque para o Ceará e o Maranhão”, aponta o mapa.

As regiões Sul e Centro-Oeste tiveram crescimentos mais moderados nas taxas, de 34,6% e 44,9%, respectivamente.

Já o Sudeste foi a única região a evidenciar queda na década, com diminuição de 39,8% na taxa. “Essas quedas foram puxadas, fundamentalmente, por São Paulo, cujos números em 2012 caem 58,6% com relação ao ano de 2002 e também Rio de Janeiro, com queda de 50,3%. Já Minas Gerais teve um significativo aumento de 53,7%”, diz o estudo.

A liderança entre os Estados com mais mortes por arma de fogo continua sendo de Alagoas, com taxa de 55 por cada 100 mil, mais de 15 pontos à frente do segundo colocado, o Espírito Santo, que teve taxa de 38,3 por cada 100 mil.

Entre as capitais, Maceió também lidera, com taxa de 79,9 por cada 100 mil. Levando em conta os anos de 2002 e 2012, apenas 12 capitais conseguiram reduziram a taxa entre 2002 a 2012. O Rio de Janeiro foi a que teve a maior queda, de 68,3%. Já São Luís teve a maior alta: 316%.

O estudo também calculou as taxas de mortalidade nos 1.669 municípios com mais de 20 mil habitantes.

No caso deles, para evitar distorções, a média de mortes por armas de fogo considerada levou em conta os anos 2010 a 2012. O município de Simões Filho, na Grande Salvador, aparece com a maior taxa de mortalidade, tanto na população total, quanto entre os jovens: 130,1 e 314,4 óbitos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.

UOL

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